quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Santa Rita de Cássia



Santa Rita nasceu, na Itália, a 22 de maio de 1381, na região da Úmbria, num  lugarejo chamado, naquele tempo, Roca Porena. Seus pais, Antônio e Amada Mancini, já idosos, rogavam a Deus a vinda de um filho.

Nasceu-lhes a pequena Margherita, daí sua abreviatura: Rita.

Educada, com muito esmêro cristão, Rita passou sua infância e sua juventude, auxiliando seus pais na lavoura.

Recém-nascida e sempre colocada num cesto, que fazia às vezes de berço,  no próprio campo, certa vez foi encontrada envolta de abelhas brancas que lhe pousavam na face, sem ferí-la.

Quando jovem casou-se com Paulo Fernando. Tiveram dois filhos:  João Tiago e Paulo Maria. O marido,  de gênio forte e colérico, maltratou-a muitas vezes.

Rita, graças à bondade de coração e às suas preces, conseguiu convertê-lo para Deus. Ele morreu assassinado, vítima de lutas políticas de época.

Os filhos, jovens, quiseram vingar a morte do pai. Rita, preferindo vê-los mortos que transgredindo a lei divina, pediu a Deus que os levasse para o céu  antes de se mancharem com aquele crime. Morreram ambos, dizimados por uma peste que arrasou a Europa naquela  época.

Viúva e sem filhos,  Rita  dedicou-se ao socorro dos pobres e enfermos, ajudando a uns  e outros, com alimento, visita, conforto e trabalho.

Sentindo o chamado de Deus, procurou o Convento das Irmãs Agostinianas de Santa Maria Madalena, em Cássia, para tornar-se religiosa. As regras daquele tempo impediam o ingresso de viúvas.

Certa vez, madrugada ainda, Rita foi encontrada pelas freiras, rezando na capela do Mosteiro, com portas e janelas fechadas. 

A Madre Superiora viu naquele fato um desígnio  do céu e admitiu-a como Irmã. Para provar sua vontade, mandou que regasse diariamente, um ramo seco de videira.  Com o tempo, o ramo verdejou e floresceu numa viçosa videira.

Um dia, rezando perante o crucifixo, pediu a Cristo a graça de sofrer com Ele. Um espinho desprendeu-se da imagem e fincou-se-lhe na fronte, abrindo uma chaga dolorosa e purulenta, que durante mais de quinze anos a fez sofrer muito.

 Em 1450 ano santo, desejando ir a Roma, com suas companheiras de hábito e não o podendo por causa da chaga na fronte, Rita a Deus pediu esta graça e a chaga fechou-se, tornando-se a abrir quando de volta ao Convento.

 Muito jejum, muita penitência, muita oração eram sua maneira de viver. Gravemente enferma, vivendo num pobre catre, no fundo de uma humilde cela, Rita recebeu a visita de sua prima. 

Pediu a esta que fosse até Roca Porena e lá em sua antiga casa, colhesse para ela um figo e um botão  de rosa. Era pleno inverno, tudo sepultado sobre a mais densa neve, e no entanto a prima encontrou  o figo e rosa no jardim de Rita.

No dia 22  de maio de 1457, Rita  entregou sua bela alma a Deus. No campanário do Convento,  os sinos começaram a repicar festivamente, tangidos por mãos misteriosas. 

A chaga da fronte fechou-se na mesma hora e no lugar do habitual mal cheiro que dela se exalava, passou a exalar um discreto perfume. 

Tantos foram os milagres e as graças que milhares de devotos seus receberam de Deus, por intercessão sua, que ficou conhecida como a “Santa dos Impossíveis”. O Papa Leão XIII, canonizou-a no dia de Pentecostes, 24 de maio de 1900, Ano Santo.

Oração

Ó Deus, que Vos dignastes comunicar a Santa Rita tanta graça, que Vos imitou no amor aos seus inimigos, trazendo no seu coração e na sua fronte os sinais da Vossa caridade e Paixão, nós Vos rogamos nos concedais, Por sua intercessão e méritos, amar os nossos inimigos e contemplar continuamente, com o espinho da compunção, as dores da Vossa paixão. Vós que viveis e reinais pelos séculos. Amém.

Sua festa é comemorada no dia 22 de maio

São Judas Tadeu


São Judas Tadeu era natural de Caná da Galiléia, na Palestina. Sua família era constituída do pai, Alfeu (ou Cléofas) e a mãe, Maria Cléofas.


 Eram parentes de Jesus. O pai, Alfeu, era irmão de São José; a mãe, Maria Cléofas, prima irmã de Maria Santíssima. Portanto, Judas Tadeu era primo irmão de Jesus.


 O irmão de Judas Tadeu, Tiago, chamado o Menor, também foi discípulo de Jesus.A Bíblia trata pouco de Judas Tadeu. Mas aponta o importante: Judas Tadeu foi escolhido por Jesus, para apóstolo (Mt 10,4).


 É citado explicitamente nas Escrituras pelo evangelista João (Jo 14,22). Na ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: "Mestre, por que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?" 


Jesus lhe respondeu afirmando que teriam manifestação dele todos os que guardassem sua palavra e permanecessem fiéis a seu amor.


Após ter recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Passou para a Samaria e Iduméria e outras populações judaicas. Pelo ano 50, tomou parte no primeiro Concílio, o de Jerusalém.


 Em seguida, foi evangelizar a Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia. Neste país recebeu a companhia de outro apóstolo, Simão. A pregação e o testemunho de Judas Tadeu impressionaram os pagãos que se convertiam.


 Isto provocou a inveja e fúria contra o apóstolo, que foi trucidado, a golpes de cacetes, lanças e machados. Isso, pelo ano 70. São Judas Tadeu foi mártir, quer dizer: mostrou que sua adesão a Jesus era tal, que testemunhou a fé com a doação da própria vida.


A brevíssima Carta de São Judas, que está na Bíblia, é uma severa advertência contra os falsos mestres e um convite a manter a pureza da fé.


 Nos versículos 22-23 propõe pontos fundamentais de um programa de vida cristã: fé, oração, auxílio mútuo, confiança na misericórdia de Jesus Cristo.


A imagem de São Judas tem o livro, que é a Palavra que ele pregou e a machadinha, com a qual foi morto.


 Os restos mortais, após terem sido guardados no Oriente Médio e na França, foram definitivamente transferidos para Roma, na Basílica de São Pedro.


ORAÇÃO


O S. Judas Tadeu, recordo-vos a felicidade que sentistes quando o bom Mestre vos ensinou, a vós e aos outros Apóstolos, a oração do Pai Nosso. Por essa alegria, peço-vos que me obtenhais a graça de ser, até o fim, um fiel discípulo do Salvador. (Pai Nosso)


SUA FESTA É CELEBRADA NO DIA 28 DE OUTUBRO

São Paulo apóstolo




Paulo nasceu entre o ano 5 e 10 da era cristã, em Tarso, capital da Cilícia, na Ásia Menor, cidade aberta às influências culturais e às trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente.


 Descende de uma família de judeus da diáspora, pertencente à tribo de Benjamim, que observava rigorosamente a religião dos seus pais, sem recusar os contactos com a vida e a cultura do Império Romano.


Os pais deram-lhe o nome de Saul (nome do primeiro rei dos judeus) e o apelido Paulo. O nome Saul passou para Saulo porque assim era este nome em grego.


 Mais tarde, a partir da sua primeira viagem missionária no mundo greco-romano, Paulo usa exclusivamente o sobrenome latino Paulus.


Recebeu a sua primeira educação religiosa em Tarso tendo por base o Pentateuco e a lei de Moisés. 


A partir do ano 25 d.C. vai para Jerusalém onde frequenta as aulas de Gamaliel, mestre de grande prestígio, aprofundando com ele o conhecimento do Pentateuco escrito e oral.


Aprende a falar e a escrever aramaico, hebraico, grego e latim. Pode falar publicamente em grego ao tribuno romano, em hebraico à multidão em Jerusalém (Act 21,37.40) e catequizar hebreus, gregos e romanos.


Paulo é chamado “o Apóstolo” por ter sido o maior anunciador do cristianismo depois de Cristo. Entre as grandes figuras do cristianismo nascente, a seguir a Cristo, Paulo é de facto a personalidade mais importante que conhecemos. 


É uma das pessoas mais interessantes e modernas de toda a literatura grega, e a sua Carta aos Coríntios é das obras mais significativas da humanidade.


Escreveu 13 cartas às igrejas por ele fundadas: cartas grandes: duas aos tessalonicenses; duas aos coríntios; aos gálatas; aos romanos. Da prisão: aos filipenses; bilhete a Filémon; aos colossenses; aos efésios. Pastorais: duas a Timóteo e uma a Tito.


Quando estava preso em Cesareia, Paulo apela para César e o governador Festo envia-o para Roma, aonde chegou na Primavera do ano 61.


 Viveu dois anos em Roma em prisão domiciliária. Sofreu o martírio no ano 67, no final do reinado de Nero, na Via Ostiense, a 5 quilómetros dos muros de Roma.


São Paulo, foi um dos mais influentes escritores do cristianismo primitivo, cujas obras compõem parte significativa do Novo Testamento.


 A influência que exerceu no pensamento cristão, chamada de "paulinismo", foi fundamental por causa do seu papel como proeminente apóstolo do Cristianismo durante a propagação inicial do Evangelho pelo Império Romano.


Conhecido como Saulo antes de sua conversão, ele se dedicava à perseguição dos primeiros discípulos de Jesus na região de Jerusalém.


 De acordo com o relato na Bíblia, durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco, numa missão para que, encontrando fiéis por lá, "os levasse presos a Jerusalém", Saulo teve uma visão de Jesus envolto numa grande luz. Ficou cego, mas recuperou a visão após três dias e começou então a pregar o Cristianismo.


Juntamente com Simão Pedro e Tiago, o Justo, ele foi um dos mais proeminentes líderes do nascente cristianismo. Era também cidadão romano, o que lhe conferia uma situação legal privilegiada.


Treze epístolas no Novo Testamento são atribuídas a Paulo, mas a sua autoria em sete delas é contestada por estudiosos modernos. Agostinho desenvolveu a ideia de Paulo que a salvação é baseada na fé e não nas "obras da Lei". 


A interpretação de Martinho Lutero das obras de Paulo influenciou fortemente sua doutrina de "sola fide".


A conversão de Paulo mudou radicalmente o curso de sua vida. Através de suas atividades missionárias e obras, Paulo eventualmente transformou as crenças religiosas e a filosofia na região da bacia do Mediterrâneo.


 Sua liderança, influência e legado levaram à formação de comunidades dominadas por grupos gentios que adoravam o Deus de Israel, aderiam ao código moral judaico, mas que abandonaram o ritual e as obrigações alimentares da Lei Mosaica por causa dos ensinamentos de Paulo sobre a vida e obra de Jesus e seu "Novo Testamento", fundamentados na morte de Jesus e na sua ressurreição.


ORAÇÃO

Senhor, nosso Deus, concedei-nos os auxílios necessários à salvação, 
pela intercessão do Apóstolo São Paulo, pelo qual destes à vossa Igreja 
os primeiros benefícios da fé. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

SUA FESTA É CELEBRADA NO DIA 25 DE JANEIRO

São Lourenço


Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III. 


Nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo.
Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: "Ó pai, aonde vais sem o teu filho? 

Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?".

 E o Papa respondeu: "Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!". São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos necessitados. 

Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos... 

Todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo - com bom humor - disse: "Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte".

Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou - no Espírito Santo - força para dizer no auge do sofrimento na grelha: "Vira-me que já estou bem assado deste lado".

Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos.

 Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.


ORAÇÃO


Ó Deus, o vosso diácono Lourenço, inflamado de amor por vós, brilhou pela fidelidade no vosso serviço e pela glória do martírio; concedei-nos amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, Amém.


SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 10 DE AGOSTO