quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Santa Teresa D'avila


Santa Tereza nasceu em Ávila, na Espanha, no ano de 1515. A educação que os pais deram a ela e ao irmão Roderico, foi a mais sólida possível. Acostumada desde pequena à leitura de bons livros, o espírito da menina  não conhecia maior  encanto que o da vida dos santos mártires.   

Tanto a impressionou esta leitura que, desejosa de encontrar o martírio, combinou com o irmão a fuga da casa paterna, plano que  realmente tentaram executar, mas que se tornou irrealizável, dada a vigilância dos pais. A idéia e o desejo do martírio ficaram, entretanto, profundamente gravados no coração da menina. 

Quando tinha 12 anos, perdeu a boa mãe. Prostrada diante da imagem de Nossa
Senhora,  exclamou: “Mãe de misericórdia, a vós escolho para serdes minha Mãe.  Aceitai esta pobre órfãzinha no número das vossas  filhas”.  A proteção admirável que experimentou durante toda a vida, da parte de Maria Santíssima,  prova que esse pedido foi atendido. 

Deus permitiu que Teresa por algum tempo, enfastiando-se dos livros religiosos, desse preferência a  uma leitura profana, que poderia  pôr-lhe em perigo a alma. Também umas relações demasiadamente íntimas com parentes, um tanto levianas, levaram-na ao terreno escorregadio da vaidade.  

O resultado disto tudo foi ela deixar o primitivo fervor,  entregar-se ao bem-estar, companheiro fiel da ociosidade, sem entretanto chegar ao extremo de perder  a inocência. 
Certo dia, foi tocada pelo olhar da imagem de um Cristo sofredor, assumiu a partir dessa experiência a sua conversão e voltou ao fervor da espiritualidade carmelita, a ponto de criar uma espiritualidade modelo.

Foi grande amiga do seu conselheiro espiritual São João da Cruz, também Doutor da Igreja, místico e reformador da parte masculina da Ordem Carmelita. Por meio de contatos místicos e com a orientação desse grande amigo, iniciou aos 40 anos de idade, com saúde abalada, a reforma do Carmelo feminino. 

Começou pela fundação do Carmelo de São José, fora dos muros de Ávila. Daí partiu para todas as direções da Espanha, criando novos Carmelos e reformando os antigos. Provocou com isso muitos ressentimentos por parte daqueles que não aceitavam a vida austera que propunha para o Carmelo reformado. Chegou a ter temporariamente revogada a licença para reformar outros conventos ou fundar novas casas.

Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas, principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A Vida”. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622 foi proclamada santa. 

O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”.

No dia 27 de setembro de 1970 o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro. Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. 

O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos.Santa Teresa morreu em 1582, na idade de 67 anos. Logo após sua morte, o corpo da Santa exalava um olor deliciosíssimo. Até o presente dia se conserva intacto.
Seu coração, apresentando larga e profunda ferida, acha-se guardado num precioso relicário na Igreja das Carmelitas em Alba.

Oração
Ó Santa Teresa de Jesus, fazei-nos fiéis a nossa oração da manhã e da noite e a transformar em oração o cumprimento de nossas tarefas de cada dia. Que a oração seja para nós a porta de nossa conversão e santificação e a chave de ouro que nos abrirá a porta do Céu. Amém. Santa Teresa de Jesus, rogai por nós!

Sua festa é comemorada no dia 15 de outubro

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Santa Anastácia, Mártir


A grande mártir Anastácia nasceu em Roma e foi martirizada durante o período de perseguições contra os cristãos perpetrado por Diocleciano entre os séculos III e IV d.C. Seu pai era pagão e sua mãe convertera-se secretamente ao cristianismo.

O mentor de Santa Anastácia durante sua juventude era um cristão piedoso e erudito chamado Crisógono . Após a morte de sua mãe, seu pai lhe oferecera em casamento, contra sua vontade, a um pagão de nome Públio. Por recusar-se a consumar seu casamento com um pagão, e visando preservar sua virgindade, Anastácia sofreu muito nas mãos do marido.

Sendo criada como cristã desde pequena, ela encontrava consolo ao visitar as prisões romanas, para alimentar e cuidar daqueles que sofriam por sua fé em Cristo. Nessas visitas, Santa Anastácia se disfarçava de mendiga, e ia acompanhada apenas por um criado. Através de subornos, os guardas lhe permitiam acesso livre aos prisioneiros.

Quando seu criado contou a Públio o que ela fazia, ele espancou a esposa e a trancou em casa. Santa Anastácia então só mantinha contato com seu mentor, Crisógono, através de cartas. Escrevendo sobre seu sofrimento, ele lhe aconselhou a ser fosse paciente e aceitar a vontade de Deus, além de avisá-la que Públio morreria no mar, o que não tardou a acontecer – algum tempo depois, seu marido morreu afogado em um acidente com um navio que estava a caminho da Pérsia. Após a morte do marido, ela passou a distribuir seus bens para os pobres e necessitados.

Nesse tempo, a perseguição de Diocleciano tornou-se mais acirrada e sangrenta. Crisógono, que não aceitou renunciar sua fé mesmo diante das ameaças do imperador, que o interrogou pessoalmente, foi decapitado e teve o corpo jogado ao mar. O corpo e a cabeça do santo mártir foram trazidos à praia pela maré, e pela Divina Providência, seu corpo fora encontrado por um presbítero e secretamente enterrado.

Após a morte de seu mentor, a santa ia de cidade em cidade para cuidar de prisioneiros cristãos. Conhecedora das ervas medicinais da época, ela cuidava dos ferimentos e aliviava o sofrimento dos cativos. Por causa de seu talento médico, Santa Anastácia recebe em grego o título de Pharmakolytria (“aquela que cura os venenos”), e por sua intercessão muitas pessoas foram curadas dos efeitos nocivos de poções, venenos e outras substâncias malignas.

Em suas visitas ela conheceu uma jovem viúva romana chamada Teodota, que se tornou sua auxiliar. Quando as autoridades descobriram que Teodota era cristã, a levaram para a prisão.

Nessa época, Santa Anastácia estava na Ilíria (que corresponde atualmente à Albânia e partes da Bósnia). Ao chegar na prisão e encontrar as celas vazias, Santa Anastácia descobriu que eles haviam sido executados naquela mesma noite. Tomada pela tristeza, ela começou a chorar. Os guardas perceberam então que ela era cristã, e levaram-na para o governador[1] que, após interrogá-la, tentou, por meio de ameaças de tortura, persuadir Santa Anastácia a abrir mão de sua fé e oferecer sacrifício aos ídolos. Sem obter sucesso, ele a enviou de volta a Roma, onde seria questionada por um sacerdote pagão chamado Ulpiano.

O astuto pagão ofereceu duas opções a Santa Anastácia: uma vida de luxo e riquezas ou temíveis sofrimentos. Ele lhe apresentou ouro, pedras preciosas e roupas finas, e também seus instrumentos de tortura. Sem pensar duas vezes, Santa Anastácia recusou-se a abrir mão de Jesus Cristo e escolheu o martírio.

Abismado pela escolha da prisioneira, ele lhe ofereceu três dias para reconsiderar, não por pena, mas porquê, arrebatado pela beleza da santa, planejava violentá-la após esse período, caso ela não cedesse. Passado os três dias, Ulpiano tentou saciar sua luxúria à força, mas assim que a tocou, ficou imediatamente cego, e sua cabeça doía tanto que ele gritava como se estivesse enlouquecido. Dizendo que fora amaldiçoado, ele exigiu ser levado a um templo pagão para fazer um sacrifício a seus ídolos, mas morreu no caminho.

Após o episódio, Santa Anastácia foi libertada, e novamente junto com sua assistente, voltou a cuidar de cristãos cativos. Porém, pouco tempo depois, Teodota e seus três filhos foram presos novamente. Seu filho mais velho, Evódio, desafiou corajosamente o magistrado, e foi espancado até a morte. Sua mãe e seus irmãos, após longa tortura, foram queimados vivos – também no dia 22, celebramos os santos mártires Teodota e filhos.

Santa Anastácia foi capturada novamente e condenada à morte por inanição. Ela ficou na prisão por sessenta dias sem alimento. Santa Teodota e os filhos apareciam para ela todas as noites para lhe encorajar e dar forças.

Vendo que Santa Anastácia não sofrera no cárcere, o magistrado ordenou que ela fosse afogada com outros prisioneiros, entre eles um presbítero [2] chamado Eutiquiano.

Os prisioneiros foram postos em um barco que foi lançado em mar aberto. Os soldados perfuraram o casco e partiram em outra embarcação. Então um anjo apareceu para os prisioneiros na proa do barco e os guiou até uma praia. Ao atingir terra firme devido ao milagre, os criminosos aceitaram Jesus Cristo e foram batizados por Santa Anastácia e Santo Eutiquiano. Posteriormente, todos foram recapturados e receberam a coroa do martírio.

Santa Anastácia foi presa a um poste e queimada viva. Seu corpo, que não havia se carbonizado, foi recolhido por uma cristã chamada Apolinária, que a enterrou no jardim de sua casa.

No século V as relíquias de Santa Anastácia foram transladadas para Constantinopla, em uma igreja construída e dedicada à santa. Posteriormente alguns de seus ossos foram transladados para o mosteiro de Santa Anastácia, próximo ao Monte Atos, na Grécia, onde estão até hoje.

Sua festa é comemorada no dia 22 de dezembro

quarta-feira, 24 de junho de 2015

São João Batista


São João Batista nasceu milagrosamente em Aim Karim, cidade de Israel que fica a 6 quilômetros do centro de Jerusalém. Seu pai era um sacerdote do templo de Jerusalém chamado Zacarias. Sua mãe foi Santa Isabel, que era prima de Maria Mãe de Jesus. São João Batista foi consagrado a Deus desde o ventre materno. Em sua missão de adulto, ele pregou a conversão e o arrependimento dos pecados manifestos através do batismo. João batizava o povo. Daí o nome João Batista, ou seja, João, aquele que batiza.

A importância de São João Batista
São João Batista é muito importante no Novo Testamento, pois ele foi o precursor de Jesus, anunciou sua vinda e a salvação que o Messias traria para todos. João Batista era a voz que gritava no deserto e anunciava a chegada do Salvador. Ele é também o último dos profetas. Depois dele, não houve mais nenhum profeta em Israel.

Nascimento milagroso de São João Batista
A mãe de João Batista, Santa Isabel, era idosa e nunca tinha engravidado. Todos a tinham como estéril. Mas, então, o anjo Gabriel apareceu a Zacarias quando este prestava seu serviço de sacerdote no templo e anunciou que Isabel teria um filho e que este deveria se chamar João. Zacarias não acreditou e ficou mudo. Pouco tempo depois, Isabel engravidou como o Anjo havia dito.

Isabel e a Ave Maria
Nesse mesmo tempo, o anjo apareceu também a Maria e anunciou que ela seria a mãe do Salvador. Então, Maria foi visitar Isabel, pois o anjo lhe havia dito que Isabel estava grávida. Quando Maria chegou e saudou Isabel, João mexeu no ventre da mãe e Isabel fez aquela maravilhosa saudação a Maria santíssima: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! De onde me vem que a mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1-41-43) Esta saudação de Isabel, inclusive, se tornou parte da oração da Ave Maria.

Vida no deserto
Quando São João Batista ficou adulto, percebeu que chegara sua hora. Então, foi morar no deserto para rezar, fazer sacrifícios e pregar para que as pessoas se arrependessem. Vivendo uma vida extremamente difícil e com muita oração, passou a ser conhecido como profeta, homem enviado por Deus. Ele sempre anunciava a vinda do Messias. Batizava a todos que se arrependiam e multidões sempre iam ver suas pregações no rio Jordão.

O batismo de Jesus
Por causa de seu carisma, algumas vezes o povo pensava que São João Batista era o Messias. Mas ele sempre dizia: Eu não sou o Cristo, eu não sou digno de desatar nem a correia de suas sandálias. (Jo. 1-27). Em outra passagem, ele disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo.1-29) Quando o próprio Jesus, o verdadeiro Salvador, foi ao encontro de João Batista para ser batizado, São João disse: Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim? (Mt3-14). Mas Jesus confirmou e São João Batista batizou Jesus. Assim Jesus começou sua vida pública.

Prisão e morte de João Batista
Nas pregações de São João ele não poupava o rei local, Herodes Antipas, Rei fantoche de Roma na Peréia e na Galileia. João denunciava a vida adultera do rei. Herodes tinha se unido a Herodíades, sua cunhada. São João Batista denunciava também a vida desregrada de Herodes em seu governo.
São Marcos em seu evangelho narra que Salomé, filha de Herodíades, dançou para Herodes. O rei ficou deslumbrado com ela e disse que daria tudo o que lhe pedisse. Então Salomé fala com sua mãe e pede a cabeça de São João Batista numa bandeja. Herodes, triste, fez como havia prometido diante dos convivas. (Mar 6.14-29)

Devoção a São João Batista
São João Batista é o primeiro mártir da Igreja, e o último dos profetas.Ele é venerado como profeta, santo, mártir, precursor do Messias e arauto da verdade, custe o que custar. Sua representação é mostrada batizando Jesus e segurando um bastão em forma de cruz.

Oração 
São João Batista, voz que clama no deserto, endireitai os caminhos do Senhor, fazei penitência, porque no meio de vós esta quem não conheceis, e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias. Ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas, para que eu me torne digno do perdão  daquele que vós anunciaste com estas palavras: Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo. São João Batista rogai por nós. Amém. 

Sua festa é comemorada no dia 24 de junho

domingo, 14 de junho de 2015

Santo Antonio de Pádua


Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, dia 13 de setembro de 1191, e morreu com 36 anos, dia 13 de junho de 1231, nas vizinhanças de Pádua, Itália.
Por isso, é chamado Santo Antônio de Lisboa e Santo Antônio de Pádua, um dos santos mais populares da Igreja, ‘o santo do mundo todo’ chamou Leão XIII.
Filho de Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, de famílias ilustres, recebeu o nome de Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo no batismo.
Aos 15 anos, entrou no convento da Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, nas proximidades de Lisboa. 
Aí ficou dois anos e pediu para ser transferido para o mosteiro  de Santa Cruz em Coimbra, porque eram tantas as visitas de parentes e amigos, que perturbavam sua paz. Em Coimbra fez filosofia e teologia e foi ordenado padre.
Não encontrou dificuldade nos estudos, porque era de inteligência e memória formidáveis, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade.
Aconteceu que em Portugal, onde estava, Antônio conheceu a família dos Franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças.
No início de novembro de 1220, Antônio desembarcou em Marroços, mas terrível enfermidade o reteve na cama todo o inverno e resolveram devolve-lo para Portugal. 
O navio de volta a Portugal foi levado pelos ventos para a Itália. Desembarcou na Sicília e se dirigiu para Assis, onde se encontrou pela primeira vez com São Francisco. 
Então, participou de um Capítulo Geral da Ordem, que começou a 20 de maio de 1221, em Assis.
Não demorou para se revelar como excelente orador e pregador, em setembro de 1221, fazendo o sermão em Forli, na ordenação sacerdotal de franciscanos e dominicanos. Surpreendeu o Provincial e todos ficaram maravilhados.
Após alguns anos de frade itinerante, foi nomeado, por carta, por São Francisco, o primeiro ‘Leitor de Teologia’ da Ordem.
Neste sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. 
Por isso, passou três anos, lecionando, pregando e fazendo milagres no sul da França. 
Como ocupava o cargo de custódio do convento de Limoges, foi para Assis participar do Capítulo Geral da Ordem, convocado por Frei Elias, a 30 de maio de 1227.
Nesse Capítulo foi eleito Provincial da Romanha, cargo que ocupou com êxito até 1230. Em 1229, foi morar com os seus irmãos franciscanos, perto de Pádua, no convento de Arcella, em Camposampiero.
Nesse lugar retirado, a pedido do Cardeal de Óstia, dedicou-se a escrever os sermões das festas dos grandes santos e de todos os domingos do ano.
Mas sempre saia para pregações, por exemplo, durante a Quaresma, até morrer por uma hidropisia maligna com 36 anos.
Foi tanta a repercussão de sua morte e tantos os milagres, que, onze meses após sua morte, foi canonizado pelo Papa Gregório IX. 
Em 1263, quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta e continua intacta até hoje, numa redoma de vidro, na Basílica de Santo Antônio, em Pádua, onde estão seus restos mortais.
Mais tarde, em 1934, foi declarado Padroeiro de Portugal.
E em 1946, o Papa Pio XII proclamou Santo Antônio ‘Doutor da Igreja’, com o título de ‘Doutor Evangélico’. Santo Antônio não perdeu sua atualidade e é invocado pelo povo cristão, até hoje, para curar doença, achar coisa perdida e ajudar no casamento.
É invocado como protetor de coisas perdidas, porque em Montpellier, na França, onde lecionava e pregava, um noviço franciscano saiu do convento e roubou seus comentários escritos sobre os salmos. 
Ele rezou para que o ladrão lhe devolvesse a preciosa obra. Arrependido, o ladrão voltou e lhe devolveu o livro manuscrito. Daí o fato de ser invocado para encontrar coisas perdidas.
Também, na França, uma senhora de Toulouse, por ter alcança do uma grande graça, por intercessão de Santo Antônio, resolveu levar pães à igreja, para que fossem abençoados e distribuídos aos pobres. 
Daí vem a tradição de se abençoar os pães de Santo Antônio, no dia 13 de junho, para se crescer no amor para com os pobres e para se buscar a restituição da saúde a muitos de nossos doentes.
A devoção a Santo Antônio teve desenvolvimento popular surpreendente. O folclore brasileiro e italiano é rico em alusões ao poder milagroso do santo para casamento e para encontrar coisa perdida.
Em 1981, para celebrar 750 anos da morte de Santo Antônio, foi aberto seu túmulo, Seu esqueleto estava sem carne e muito bem conservado, sem o antebraço esquerdo e o maxilar inferior, tirados para relíquia em séculos passados. 
Mereceu 9 geniais sermões do padre Antônio Vieira.

Oração

Ó Deus, nós vos suplicamos que a presença de Santo Antônio, vosso confessor e doutor, alegre a vossa Igreja para que, fortalecida sempre com os auxílios espirituais, mereça gozar as alegrias eternas. Por Jesus Cristo.Amém!


Sua festa é comemorada no dia 13 de junho.

sábado, 13 de junho de 2015

Santo Ireneu de Lyon


Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna, no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, outro Padre e santo da Igreja. 

Dele Irineu pôde recolher ainda viva a tradição apostólica, pois Policarpo fora consagrado bispo pelo próprio João Evangelista, o que torna importantíssimos os seus testemunhos doutrinais.

Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por são Policarpo, que o enviou para a Gália, atual França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente. 

Lá, trabalhou ao lado de Fotino, o primeiro bispo de Lyon, que, em 175, o enviou a Roma para, junto do papa Eleutério, resolver a delicada questão doutrinal dos hereges montanistas. Esses fanáticos, vindos do Oriente, pregavam o desprezo pelas coisas do mundo, anunciando o breve retorno de Cristo para o juízo final.

Contudo tanto o papa quanto Irineu foram tomados pela surpresa da bárbara perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio. Rapidamente, em 177, ela atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé.

Um ano depois, Irineu retornou a Lyon, onde foi eleito e aclamado sucessor do bispo mártir, Fotino. Nesse cargo ele permaneceu vinte e cinco anos. Ocupou-se da evangelização e combateu, principalmente, a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. 

Obteve êxito, junto ao papa Vitor I, na questão da comemoração da festa da Páscoa, quando lhe pediu que atuasse com moderação para manter a união entre a Igreja do Ocidente e a do Oriente.

A sua obra escrita mais importante foi o tratado "Contra as heresias", onde trata da falsa gnose, e depois, de todas as outras heresias da época. O texto grego foi perdido, mas existem as traduções latina, armênia e siríaca. 

Importante não só do lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de então.

Mais tarde, um outro tratado, chamado "Demonstração da pregação apostólica", foi encontrado inteiro, numa tradução armênia. Além de vários fragmentos de outras obras, cartas, discursos e pequenos tratados.

Irineu morreu como mártir no dia 28 de junho de 202, em Lyon, e sua festa litúrgica ocorre nesta data. As relíquias de santo Irineu estão sepultadas, junto com os mártires da Igreja de Lyon, na catedral desta cidade.

Oração
Ó Deus, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé e a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Sua festa é comemorada no dia 28 de junho

terça-feira, 26 de maio de 2015

São Filipe Néri


O “santo da alegria” nasceu em Florença, Itália, no ano de 1515.

Depois de ficar órfão, recebeu um convite de seu tio para que se dedicasse aos negócios. Mas, tendo vida de oração e discernimento, ele percebeu que Deus o chamava a um outro negócio: expressar com a vida a caridade de Cristo.

Néri foi estudar em Roma. Estudou Filosofia e Teologia, deixando-se conduzir e formar pelo Espírito Santo e, mesmo antes de ser padre, visitava os lugares mais pobres de Roma. Formou uma associação para cuidar dos doentes pobres.

São Filipe disse sim para a glória de Deus e iniciou a bela obra do Oratório do Divino Amor, dedicando-se aos jovens e testemunhando sua alegria. Vivia da Divina Providência, indo aos lares dos ricos pedir pelos pobres.

Homem de oração, penitência e adoração, São Filipe Néri partiu para o céu com 80 anos, deixando para nós esse testemunho: renunciar a si mesmo, tomar a cruz a cada dia e seguir Jesus é uma alegria.

Oração

Sete dias em honra a São Felipe de Néri 

1º dia:
Oração para alcançar a virtude da humildade:

Oh! meu glorioso protetor São Felipe! Que vivendo sobre esta terra fostes tão amante da humildade, que tivestes por coisa vil não somente os elogios, mas até mesmo apreço dos homens; alcançai também para mim esta tão linda virtude.

Já vedes quão orgulhoso sou em meus pensamentos, quão altivo em minhas palavras, e quão ambicioso em minhas obras.

Ah! Alcançai-me a humildade de Coração, e que meu entendimento desterre de si toda altivez, e que tenha profundamente impresso aquele vil sentimento que tivestes de vós mesmo, reputando-vos pelo pior de todos os homens, e por isso vos alegrastes de ser desprezado, e vós mesmo buscastes os meios de ser tido como nada. Santo meu, alcançai-me a verdadeira humildade de coração, sob conhecimento de meu nada; para que sendo eu desprezado, me alegre disso; vendo-me postergado, não me dê por ofendido; sendo elogiado não me ensoberbeça; mas sim que somente busque ser grande aos olhos de Deus, e receba unicamente dele toda minha exaltação.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

2º dia: 
Oração para alcançar a virtude da paciência.

Oh! Felipe meu santo advogado! Que tivestes sempre um coração tão constante nas adversidades, e um espírito tão amante dos sofrimentos, que, perseguido de vossos amigos, caluniado pelos ímpios que pretendiam desacreditar-vos, provado pelo Senhor com muitas enfermidades largas e penosas, tudo o sofrestes com admirável tranqüilidade de coração e de ânimo; alcançai também para mim um espírito de fortaleza em todas as adversidades desta vida. Ah, quão necessitado estou da virtude da paciência! Pois pelo menor trabalho me assusto, pelas mas leves aflições me impaciento, pela mas ligeira contrariedade me enfado e me irrito, e não sei reconhecer que pelo caminho espinhoso das tribulações se vai ao paraíso. Este foi o caminho que quis seguir nosso divino mestre Jesus, e este mesmo emprendestes também vós, Oh! Santo meu. Pois, alcance-me valor para que abrace com a mais firme vontade as cruzes que diariamente me envia meu Deus, e me faça digno de levá-las com uma resignação e uma paciência semelhantes as que vós tivestes neste mundo, a fim de que me faça merecedor de gozar depois seu fruto juntamente convosco no céu.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

3º dia: 
Oração para alcançar a virtude da pureza.

Oh! gloriosíssimo São Felipe! Que conservastes sempre intacta a cândida açucena da pureza com tão grande honra vossa, que o candor de tão linda virtude campeava em vossos olhos, se transluzia em vossas mãos, e transpirava em todo vosso corpo, desprendendo um odor tão agradável, que consolava e infundia ânimo e devoção aos que conversavam convosco; alcançai-me do Espírito Divino um verdadeiro amor a tão bela virtude, de modo que nem as conversas, nem os maus exemplos das pessoas viciosas poderão fazer impressão alguma em meu espírito. Não permitais que de nenhuma maneira perca eu uma virtude tão linda: e assim como a fuga das ocasiões, a oração, a fatiga, a humildade, a mortificação dos sentidos e a freqüência dos Sacramentos foram as armas com que vencestes ao terrível inimigo da carne; assim alcançai-me, vos rogo, que as mesmas sejam as armas com que possa eu também vencer. Não me priveis de vossa assistência, e manifestai até mim aquele zelo que tivestes em vida por vossos penitentes, mantendo-os afastados de toda infecção dos sentidos. Fazei assim, meu santo advogado, sede meu protetor nesta tão bela virtude.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

4º dia:
Oração para alcançar o amor de Deus.

Oh! amantíssimo Felipe! Eu admiro o grande prodígio que em vós fez o Espírito Santo, quando infundiu em vosso coração toda a plenitude de sua caridade, a qual dilatou em tal extremo vosso peito, que se romperam duas costelas pela veemência do amor; mas não ouso me comparar este meu coração com o vosso. O vosso estava todo inflamado de puro amor; mas o meu está inteiramente aprisionado e inclinado as criaturas. O vosso estava tão incendiado de um fogo celestial, que sua chama se refletia no corpo, saindo de vosso rosto como unas centelhas de fogo; mas o meu está cheio de amor as coisas da terra. Amo ao mundo que me alegra, e não pode fazer-me feliz: amo a carne que me solicita, mas não pode fazer-me imortal: amo as riquezas que não posso gozar senão por momentos. Ah, quando aprenderei de vós a não amar outras coisas além das de Deus, único e incompreensível bem! Oh! fazei, meu santo advogado, que, mediante vossa intercessão, comece eu a ama-Lo cada vez mais desde este dia: alcançai-me um amor eficaz que se manifeste nas obras, um amor puro que me incite a ama-Lo com toda perfeição, e um amor forte que me faça superar todos os obstáculos que me podem impedir minha união com Ele nesta vida, para possui-Lo também depois de minha morte.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

5º dia: 
Oração para alcançar o amor ao próximo.

Oh! gloriosíssimo Santo! Que vos empenhastes inteiramente em favor dos próximos, amando, compadecendo e ajudando a todos; e que em todo o curso de vossa vida procurastes a saúde de todos, não se importando jamais com fatiga alguma nem trabalho, mesmo não sendo reservando para vós, nem tempo nem comodidade alguma, a fim de ganha-los todos para Deus; alcançai-me, vos suplico, com o perdão de meus pecados a caridade até meus próximos, de modo que em diante seja mais compassivo em suas necessidades; consegui-me a graça de amar a todos com um amor puro e desinteressado como a irmãos meus, socorrendo a todos, se não com auxílios temporais, ao menos com as orações e bons conselhos. Ensinai-me também a defender em toda ocasião a honra de meu próximo, e a não proferir palavra que lhe possa ser desagradável ou nociva; e que sempre conserve, ainda com meus inimigos, aquela doçura de espírito com que triunfastes de vossos perseguidores.
Se, Santo meu, alcançai também para mim esta linda virtude, como a haveis alcançado para tantos devotos vossos, a fim de que todos juntos possamos um dia adorar a Deus na bem-aventurança eterna.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

6º dia: 
Oração para alcançar o desprendimento dos bens temporais.

Oh! grande Santo! Que preferistes uma vida pobre e austera as comodidades que vos prometia vossa casa, cuja glória e honras, desprezastes desde muito jovem; Alcançai-me a graça que meu coração não se ligue e apegue jamais aos bens transitórios desta vida. Vós, que desejastes chegar a ser tão pobre, que reduzido a mendigar, não encontrastes quem vos desse o menor auxilio, para viver; alcançai-me igualmente o amor a pobreza, de modo que eu dirija todos meus pensamentos aos bens eternos. Vós, que quisestes mais bem viver em um estado humilde que ser promovido as mais elevadas dignidades da Igreja, intercedei para que eu não vá atrás das honras, contentando-me naquele estado em que me tem posto o Senhor. Meu coração está demasiado ansioso pelas coisas vãs e fugazes do mundo; mas vós que nos ensinastes esta grande máxima: " E depois?" Em virtude da qual se verificaram tão admiráveis conversões, alcançai-me que fique muito impressa em minha mente, em términos que, desprezando tudo desta terra, seja somente Deus o objeto de meus pensamentos e afetos.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

7º dia: 
Oração para alcançar a perseverança no bem.

Oh! São Felipe advogado meu! Que fostes sempre perseverante na virtude, e, cheio de méritos, recebestes do supremo Deus a coroa da glória em prêmio de vossos trabalhos; alcançai-me a graça de não afastar-me jamais de seu santo serviço. Vós, que manifestastes tão propício para vossos devotos, alcançando-lhes o dom da perseverança no bem, alcançai também para mim, combatendo em meu auxílio na última passagem de minha morte, e impetrai-me a graça de sair desta vida fortificado com os Santíssimos Sacramentos. Consegui entre tanto, Oh! grande Santo, a graça de que faça penitência de meus pecados, e os chore amargamente por todos os dias de minha vida. Vós, que vedes minhas misérias e os muitos laços que me tem atado ao pecado e a terra, alcançai-me minha liberdade e a resolução constante de ser todo de Deus. Alcançai-me também um desejo fervoroso de cooperar para a minha salvação, e uma constância inviolável no bem começado, para que me faça digno, mediante vossa intercessão, de ser associado convosco na bem-aventurança eterna.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

Sua festa é comemorada no dia 26 de maio

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Santa Faustina


Santa Maria Faustina Kowalska, apóstola da Divina Misericórdia

A misericórdia divina revelou-se manifestamente na vida desta bem-aventurada, que nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central. Faustina foi a terceira de dez filhos de um casal pobre. Por isso, após dois anos de estudos, teve de aplicar-se ao trabalho para ajudar a família.

Com dezoito anos, a jovem Faustina disse à sua mãe que desejava ser religiosa, mas os pais disseram-lhe que nem pensasse nisso. A partir disso, deixou-se arrastar para diversões mundanas até que, numa tarde de 1924, teve uma visão de Jesus Cristo flagelado que lhe dizia: “Até quando te aguentarei? Até quando me serás infiel?”

Faustina partiu então para Varsóvia e ingressou no Convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia no dia 1 de agosto de 1925. No convento tomou o nome de Maria Faustina, ao qual ela acrescentou “do Santíssimo Sacramento”, tendo em vista seu grande amor a Jesus presente no Sacrário. Trabalhou em diversas casas da congregação. Amante do sacrifício, sempre obediente às suas superioras, trabalhou na cozinha, no quintal, na portaria. Sempre alegre, serena, humilde, submissa à vontade de Deus.

Santa Faustina teve muitas experiências místicas onde Jesus, através de suas aparições, foi recordando à humilde religiosa o grande mistério da Misericórdia Divina. Um dos seus confessores, Padre Sopocko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Desta forma, não por vontade própria, mas por exigência de seu confessor, ela deixou a descrição das suas vivências místicas, que ocupa algumas centenas de páginas.

Santa Faustina sofreu muito por causa da tuberculose que a atacou. Os dez últimos anos de sua vida foram particularmente atrozes. No dia 5 de outubro de 1938 sussurrou à irmã enfermeira: “Hoje o Senhor me receberá”. E assim aconteceu.

Beatificada a 18 de abril de 1993 pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”, foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.

Oração
Ó Jesus, que fizestes de Santa Faustina uma grande devota da Vossa imensurável misericórdia, dignai-vos, por intermédio dela, caso isso esteja de acordo com a Vossa santíssima vontade, conceder-me a graça ......................, que Vos peço. Eu, pecador, não sou digno da Vossa misericórdia, mas olhai para o espírito de sacrifício e devotamento da Irmã Faustina e recompensai a sua virtude atendendo aos pedidos que por sua intercessão com confiança Vos apresento.

Pai nosso... Ave Maria...  Glória ao Pai...

Sua festa é comemorada no dia 05 de outubro

sexta-feira, 8 de maio de 2015

São Vítor


Vítor, o Mouro, era africano natural da Mauritânia. Cristão desde criança, quando adulto ingressou no exército do imperador Maximiano. Quando este desejou sufocar uma rebelião na Gália, atual França, recrutou, então, um grande contingente de homens do Oriente e do norte da África.

O destacamento em que veio Vítor se estabeleceu em Milão, na Itália. Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para a batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do Império. Os que se recusavam eram condenados à morte.

Pois Vítor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã a cada ordem recebida nesse sentido. Ele foi levado ao tribunal e interrogado. Confessou novamente sua doutrina, entretanto, renovando sua lealdade ao imperador, quanto às ordens militares. 
O soldado Vítor, mesmo assim, foi encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água.

Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é tristemente conhecida como o cárcere de São Vítor. Findo esse prazo, Vítor foi arrastado pelas ruas da cidade até o hipódromo do Circo, situado junto à atual Porta Ticinense, onde, interrogado novamente pelo próprio imperador, se negou a abandonar sua religião. 

Foi severamente flagelado, mas manteve-se firme. Levado de volta ao cárcere, teve as feridas cobertas por chumbo derretido, mas o soldado africano saiu ileso do pavoroso castigo.

Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade, fugiu da cadeia, refugiando-se numa estrebaria junto a um teatro, onde hoje se encontra a Porta Vercelina. Acabou descoberto, levado a uma floresta próxima e decapitado. Era o dia 8 de maio de 303.

Conta a tradição milanesa que seu corpo permaneceu sem sepultura por uma semana, quando o bispo são Materno o encontrou intacto e vigiado por duas feras. Ali mesmo foi construída uma imensa igreja, a ele dedicada. Aliás, não é a única. Há, em Milão, várias outras igrejas e monumentos erguidos em sua homenagem, mas o mais significativo, sem dúvida, é o seu cárcere.

Vítor é um dos santos mais amados e venerados pelos habitantes de Milão. Tendo sido martirizado naquela cidade, sua prisão e seu martírio permanecem vivos na memória do povo, que sabe contar até hoje, detalhadamente, seu sofrimento, apontando com precisão os locais onde as tristes e sangrentas cenas aconteceram no início do século IV.

O culto ao mártir são Vítor, o Mouro, se espalhou pelo mundo católico do Ocidente e do Oriente, sendo invocado como o padroeiro dos prisioneiros e exilados.

Oração
Meu Senhor, eu hoje Vos entrego minha falta de coragem, meus medos, minhas inseguranças e tudo o que tem me impedido de prosperar. Pela intercessão de São Vítor, vos peço a graça de que tanto necessito. Amém.

Sua festa é comemorada no dia 08 de maio

quarta-feira, 29 de abril de 2015

São Francisco de Paula


No dia 27 de março de 1416, nasceu um menino que recebeu o nome de Francisco, em homenagem ao Pobrezinho de Assis.

Filho de Tiago, um simples lavrador, muito católico. Fazia jejuns, penitências, praticava boas obras e tinha o costume de rezar enquanto trabalhava. Sua esposa Viena, assim como ele, era boa, virtuosa e o acompanhava nos seus preceitos religiosos.

Queriam muito ter um filho, mas depois de muito tempo esperando, pediram pela intercessão de São Francisco de Assis, a graça de terem uma criança que seria consagrada ao serviço de Deus, se assim fosse sua vontade.

Aos onze anos, Francisco foi viver no convento dos franciscanos de Paula, dois anos depois vestiu o hábito, mas teve de retornar para a família, pois estava com uma grave enfermidade nos olhos. 

Junto com seus pais, pediu para que são Francisco de Assis o ajudasse a ficar curado. Como agradecimento pela graça concedida, a família seguiu em peregrinação para o santuário de Assis, e depois a Roma. 

Nessa viagem, Francisco recebeu a intuição de tornar-se um eremita. Assim, aos treze anos foi dedicar-se à oração contemplativa e à penitência nas montanhas da região.

Viveu por cinco anos alimentando-se de ervas silvestres e água, dormindo no chão, tendo como travesseiro uma pedra. Foi encontrado por um caçador, que teve seu ferimento curado ao toque das mãos de Francisco, que o acolheu ao vê-lo ferido. 

Depois disso, começou a receber vários discípulos desejosos de seguir seu exemplo de vida dedicada a Deus. Logo Francisco de Paula, como era chamado, estava à frente de uma grande comunidade religiosa. 

Fundou, primeiro, um mosteiro e com isso consolidou uma nova ordem religiosa, a que deu o nome de "Irmãos Mínimos". 

As Regras foram elaboradas por ele mesmo. Seu lema era: "Quaresma perpétua", o que significava a observância do rigor da penitência, do jejum e da oração contemplativa durante o ano todo, seguida da caridade aos mais necessitados e a todos que recorressem a eles.

Milhares de homens decidiram abandonar a vida do mundo e foram para o mosteiro de Francisco de Paula, por isso teve de fundar muitos outros. 

A fama de seus dons de cura, prodígios e profecia chegou ao Vaticano, e o papa Paulo II resolveu mandar um comissário pessoalmente averiguar se as informações estavam corretas. 

Constatou-se que Francisco de Paula era portador de todos esses dons. Ele previu a tomada de Constantinopla pelos turcos, muitos anos antes que fosse sequer cogitada, assim como a queda de Otranto e sua reconquista pelos cristãos.

Diz a tradição que os poderosos da época tinham receio de suas palavras proféticas, por isso, sempre que Francisco solicitava ajuda para suas obras de caridade, era prontamente atendido. 

Quando não o era, ele dizia que não deviam esquecer que Jesus dissera que depois da morte eles seriam inquiridos sobre o tipo de administração que fizeram aqui na terra, e só essa lembrança era o bastante para receber o que havia pedido para os pobres.

Depois, o papa Sixto IV mandou que Francisco de Paula fosse à França, pois o rei, Luís XI, estava muito doente e desejava preparar-se para a morte ao lado do famoso monge. 
A conversão do rei foi extraordinária. 

Antes de morrer, restabeleceu a paz com a Inglaterra e com a Espanha e nomeou Francisco de Paula diretor espiritual do seu filho, o futuro Carlos VIII, rei da França.

Francisco de Paula teve a felicidade de ver a Ordem dos Irmãos Mínimos aprovada pela Santa Sé em 1506. 

Ele morreu aos noventa e um anos de idade, no dia 2 de abril de 1507, na cidade francesa de Plessis-les-Tours, onde havia fundado outro mosteiro. 

A fama de sua santidade só fez aumentar, tanto que doze anos depois, em 1519, o papa Leão X autorizou o culto de são Francisco de Paula, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.

Oração

Ó glorioso São Francisco de Paula que tanto vos aprofundastes na humildade, único alicerce de todas as virtudes, alcançando através dela um grande prestígio junto de Deus, a tal ponto de jamais lhe terdes pedido graça alguma que prontamente não vos fosse concedida. Aqui venho aos vossos pés para suplicar-vos extingais do meu coração todo afeto de soberba e vaidade e em seu lugar floresçam os preciosos frutos da humildade para que possa ser verdadeiro devoto e imitador vosso e merecer o grande patrocínio que de vossa eficaz intercessão espero e rogo me alcanceis de Deus a graça de que tanto necessito não sendo contra a vontade do Altíssimo. Amém.  Rezar um Pai Nosso, trez Ave Maria e um Glória ao Pai.

Sua festa é comemorada no dia 02 de abril

terça-feira, 28 de abril de 2015

São Luís Maria Grignion de Montfort


São Luís Maria Grignion de Montfort, devoto à Virgem Maria

 Luís Grignion de Montfort, ao ser crismado, acrescentou ao seu prenome o nome de Maria, devido sua devoção à Virgem Maria, que permeou toda sua vida.

Nascido na França, no ano de 1673, de uma família muito numerosa, ele sentiu bem cedo o desejo de seguir o sacerdócio e assim percorreu o caminho dos estudos.

Como padre, São Luís começou a comunicar o Santo Evangelho e a levar o povo, através de suas missões populares, a viver Jesus pela intercessão e conhecimento de Maria. 

Foi grande pregador, homem de oração, amante da Santa Cruz, dos doentes e pobres; como bom escravo da Virgem Santíssima não foi egoísta e fez de tudo para ensinar a todos o caminho mais rápido, fácil e fascinante de unir-se perfeitamente a Jesus, que consistia na consagração total e liberal à Santa Maria.

São Luís já era um homem que praticava sacrifícios pela salvação das almas, e sua maior penitência foi aceitar as diversas perseguições que o próprio Maligno derramou sobre ele; tanto assim que foi a Roma para pedir ao Papa permissão para sair da França, mas este não lhe concedeu tal pedido. 

Na força do Espírito e auxiliado pela Mãe de Deus, que nunca o abandonara, São Luís evangelizou e combateu na França os jansenistas, os quais estavam afastando os fiéis dos sacramentos e da misericórdia do Senhor.

São Luís, que morreu em 1716, foi quem escreveu o “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, que influencia ainda hoje, muitos filhos de Maria. 

Influenciou inclusive o saudoso Papa João Paulo II, que por viver o que São Luís nos partilhou, adotou como lema o Totus Tuus, Mariae, isto é, “Sou todo teu, ó Maria”.

Sua festa é comemorada no dia 28 de abril

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

São Pedro Nolasco


Nasceu no Condado da Provença, no sul da França. 

Seu pai, de origem anglo-normanda, chama-se Guillaume de Bigot , filho de Hugh Bigot, 1º conde de Norfolk. 

Sua mãe, de origem italiana, chama-se Catarina, e era descendente de Filipe I de França através dos Saint-Gilles. Sua mãe provinha de Nola, Itália, donde o santo recebeu o nome.

O irmão de Pedro, Jaime, havia herdado do avô materno o título de nobreza.  Por tal razão, o jovem Pedro cresceu como um requisitado comerciante, já que não tinha direito ao título.

Em suas transações comerciais no Oriente, foi tocado pelo sofrimento dos cristãos presos em cativeiros em terras muçulmanas. 

No seu tempo as lutas políticas e invasões dos povos árabes muito influenciavam na vida dos cristãos, tanto que uns eram obrigados a seguir deuses, outros impedidos de viver o Cristianismo e, a maioria era presa e feita escrava. 

Com a morte do pai e, já terminado seus estudos humanísticos, Pedro foi para a Espanha, onde encontrou sofrimentos físicos e morais nas regiões invadidas, tanto assim que, compadecido, aplicou toda sua fortuna no resgate de cerca de trezentos cristãos.

Teve uma visão  de Nossa Senhora das Mercês que disse-lhe: - "Deus quer que estabeleça uma Congregação Religiosa para o resgate dos cativos".

Pedro não era um homem crédulo e por isso consultou o seu confessor, São Raimundo de Peñaforte, um dos mais notáveis teólogos de sua época. 

Para sua surpresa,  o Santo Doutor contou-lhe que tivera o mesmo sonho e recebera ordem de animar os seus desígnios. 

Foram os dois pedir o apoio de D. James I de Aragão e ficaram assombrados quando o piedoso monarca lhes anunciou que tivera o mesmo sonho e recebera a mesma ordem.

Tornou-se amigo de São Raymond de Peñafort e em 1218 com o apoio de James I ,eles fundaram a Ordem dos Mercedarianos  

Esta inspiração Pedro colheu do coração do Cristo crucificado. Emitido os três votos: castidade, obediência e pobreza; em companhia, aprovado pelo rei e abençoado pelo Papa, o nome oficial foi: Ordem da Virgem Santíssima das Mercês para a Redenção dos Escravos. 

Com a aprovação da Ordem pelo bispo Berengario de Barcelona e mais tarde pelo Papa Gregório IX, em 1235, passaram a enviar membros para tentar resgatar presos cristãos e a angariar jóias, ouro e moedas para trocarem pelos presos.  

Alem dos três votos necessários a um religioso os “mercedarianos” tinham ainda o quarto voto que era o de se trocar por um outro escravo preso, se fosse o caso. A não ser isto, as regras eram as mesmas da Ordem de Santo Agostinho.

Diz ainda a tradição que ele teria tido uma visão de São Pedro o apóstolo, crucificado de cabeça para baixo. 

Na arte litúrgica São Pedro de Nolasco é apresentado como um velho homem com o habito branco de Mercedariano , com as armas de Aragon no peito, segurando um sino com a imagem da Virgem 

2) com o rei vendo um grande sino com a imagem da virgem 

3) com a virgem dando a ele o escapulário

 4) segurando uma corrente com vários escravos 

5) com a visão do céu dado a ele por um anjo

 6) tendo a visão de São Pedro crucificado de cabeça para baixo.

Pedro ficou preso por uns tempos na Argélia para servir como prisioneiro em lugar de um outro cristão e durante sua jornada para Granada e Valência conseguiu libertar das prisões mouras cerca de 400 cristãos cativos.

Aposentado-se em 1249 devido a sua saúde, foi substituído como Prior da Ordem por William de Bars.

São Pedro Nolasco entrou no Céu em 1256, mas antes teve a alegria, mesmo à base de sofrimento, de juntamente com os mercedários, conseguir a libertação de milhares de cristãos. 

Oração


São Pedro Nolasco, concedei-nos tua coragem, tua força e teus talentos para que possamos socorrer os que sofrem opressão. Assim como destes tudo de vós para resgatar os cristãos dos cárceres, intercedei junto a Deus por nós, para sejamos libertos de todas as escravidões aos espíritos do mal, que desgraçadamente por tantas vezes ainda servimos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Sua festa é comemorada no dia 29 de janeiro

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Santa Balbina


Apesar de poucas certezas sobre a vida de Santa Balbina, seu nome é venerado em uma antiqüíssima igreja na via Ápia, nas proximidades de Roma. 

Também temos um cemitério que leva seu nome, supostamente o local onde Balbina foi enterrada.

É venerada como mártir, mas destaca-se sua consagração a Deus pela virgindade e sua perseverança de servir a Cristo.

Diz-se a história que Balbina, filha do militar Quirino, foi curada milagrosamente, pelo papa e mártir são Adriano,que estava na prisão. 

Este fato levou a família de Balbina à conversão e todos foram batizados. Balbina, por sua vez, ofereceu a Deus virgindade perpétua. Seu pai, Quirino, também recebeu a coroa do martírio.

Sua vida era muito representada no teatro medieval, o que causa certa confusão histórica, uma vez que a arte mistura muito realidade e ficção. 

Mas é pelo teatro que ficamos sabendo do martírio de Balbina e de sua consagração. 

Dizem as histórias sobre santa Balbina, que muitos jovens quiseram desposá-la, mas sua firmeza de caráter a manteve fiel ao seu voto de castidade.

Balbina sofreu o martírio sob o imperador Adriano II e encontrou-se com Deus no dia em que lhe cortaram a cabeça. Viveu santamente e recebeua glória de ter o nome marcado na história da igreja.

Oração

Senhor Deus e Pai, vossa bondade supera todas nossas expectativas. Sua graça nos concede muito mais do que precisamos. Fica sempre conosco e dai-nos, pela intercessão de santa Balbina, a coragem de enfrentar todas as adversidades do dia-a-dia. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Sua festa é comemorada no dia 31 de março

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Santa Escolástica


A irmã gêmea de São Bento”

Escolástica, irmã gêmea de São Bento, o grande fundador das ordens Monásticas no ocidente, nasceu em Spoleto, na Itália, no ano de 480.
Os Gêmeos foram educados com grande zelo; seus pais piedosos e tementes à Deus, eram mestres valorosos da moral e da fé.
Escolástica tornou-se uma jovem encantadora, seus olhos eram vivos e brilhantes; sua beleza e suas virtudes despertavam paixões.
Como o Irmão, nutria o desejo de dedicar sua vida exclusivamente ao serviço do reino. Bento tinha recentemente fundado o mosteiro no Monte Cassino, e em sua companhia viviam muito religiosos, que observavam a regra por ele elaborada.
São Bento mandou construir uma pequena cela perto do mosteiro e deu a Escolástica uma regra de vida semelhante a dos monges.
O estilo de vida de Santa Escolástica atraiu um grande numero de jovens, desejosas em viver a regra de São Bento. Um mosteiro foi construído em grandes proporções para bem acolher tantas noviças.
Em pouco tempo, e tendo em vista a boa aceitação das Beneditinas, a Ordem espalhara-se pelo mundo afora contando com 14.000 mosteiros, Escolástica foi a primeira superiora geral.
A clausura era observada rigorosamente pelas monjas Beneditinas. As visitas eram permitidas em raríssimas ocasiões. O silêncio era condição indispensável.
São Bento e Santa Escolástica encontravam-se apenas uma vez ao ano e o encontro dos irmãos era realizado em uma casa nas proximidades do Monte Cassino.
Em uma dessas visitas, quando já tinham tomado à refeição da tarde, e São Bento se aprontava para voltar ao mosteiro, Escolástica lhe disse: “Peço-te, meu irmão, que te detenhas esta noite aqui, para que possamos conversar sobre o céu”. São Bento, não querendo passar a noite fora do mosteiro, não aceitou. Escolástica pô-se em oração e clamou à Deus que não o deixasse partir.
De repente, um forte temporal desabou, a chuva caia com tanta intensidade que São Bento e os companheiros se viram obrigados a ficar.
Embora o Santo reconhecesse a intervenção de Deus, aos clamores de sua irmã, disse-lhe em tom de repreensão: “Deus te perdoe, minha Irmã o que fizeste?”. Escolástica, porem respondeu: “Eu te pedi e não quiseste atender-me; pedi a Deus e fui atendida”.
Por toda a noite até o amanhecer, São Bento falou do céu, Escolástica e as outras irmãs ficaram inebriadas com tantas maravilhas relatadas.
Na manhã do dia seguinte os irmãos se despedem, e dessa vez para se reencontrarem na eternidade. Santa Escolástica morreu três dias após o encontro, era o inverno de 543.
São Bento, de sua cela, viu a alma de sua irmã deixar a terra e subir aos céus, na forma de uma pomba.
O corpo de Santa Escolástica foi sepultado no mosteiro de São Bento no tumulo que o próprio São Bento construirá para si.
Quarenta dias após sua morte São Bento parte para a eternidade, ambos contavam com a idade de 63 anos.
Alguns dizem que nós devemos somente pedir a Deus coisas importantes, mas o amor de Deus é tão grande que ele nos dá todas as boas coisas que desejamos. Nada é tão grande ou tão pequeno para Deus. Santa Escolástica aprendeu a lição do amor de Deus ao pedir a ele uma tempestade no momento certo.
Ela é padroeira de Monte Cassino e é invocada contra as tempestades.

Oração


Ó Deus, Pai de misericórdia, Santa Escolástica mostrou que nossa missão é servir, é carregar os fardos uns dos outros, é promover a harmonia e a paz entre todos os homens. Dá-nos compreender em profundidade esses teus desígnios, para que nos aproximemos de Ti, para que Te reconheçamos nos irmãos e para que Te louvemos e bendigamos sem cessar. Amém.


Sua festa é comemorada no dia 10 de fevereiro

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

São Zeferino, Papa



papa 15º




Zeferino (em latim: Zephyrinus) foi o primeiro Papa do século III e décimo quinto da Igreja, sucedendo a Vítor I.

Natural de Roma, foi eleito em 199. O seu pontificado se caracterizou por duras lutas teológicas que levaram, por exemplo à excomunhão de Tertuliano. 

Assim como, durante seu pontificado a heresia patripasiana da negação da Santíssima Trindade, incutida por Praxeas, reergueu-se furiosamente e, por isso, foi duramente combatida pelo Papa. 

Seu crítico, São Hipólito, o descreveu como um homem simples, sem educação e dominado pelo seu assessor, Calisto.

Zeferino foi o primeiro Pontífice que desejou criar uma catacumba na Via Ápia, cujos cuidados foram por ele confiados ao diácono Calisto (e, por isso, chamada de catacumba de Calisto).

Zeferino estabeleceu que os fiéis católicos, depois dos 14 anos, comungassem, pelo menos na ocasião da Festa da Páscoa. 

Determinou o uso da patena e dos cálices sagrados, até então confeccionados em madeira, que deveriam ser feitos ao menos de vidro .

Foi martirizado em 20 de dezembro de 217, sendo venerado como santo no dia 26 de agosto.

A festa de São Zeferino, Papa e Mártir acontecia todo dia 26 de Agosto, mas desde 1970 é celebrado no dia 20 de Agosto, dia de sua morte.

Oração

Ó Deus, nosso Pai, nós Te pedimos que, mediante teu Espírito Santo, nos concedais o dom do discernimento, para percebermos os sinais de teu amor e de tua ação na história humana. E que, a exemplo de São Zeferino, sejamos capazes de exercer a solidariedade para com todos os homens, sem levar em consideração raça, cultura e religião. Amém.

São Zeferino, rogai por nós.

Sua festa é comemorada no dia 20 de agosto

São Zacarias, Papa


 91º papa


Papa Zacarias era natural da Calábria (Itália). Zacarias nasceu de uma família grega e o seu pai, segundo o Liber Pontificalis, chamava-se Polichronius. 

Muito provavelmente Zacarias foi diácono da Igreja Romana e, como tal, assinou os decretos do Concílio Romano de 732.1

Foi eleito em 10 de Dezembro de 741, num período caracterizado pela hostilidade do Império Bizantino e dos lombardos contra o ducado romano, pôs em risco a sua vida ao lutar contra os lombardos, cujo rei devolveu à Igreja as terras que havia tomado.

Favoreceu a evangelização da Germania por São Bonifácio e colaborou na primeira reforma da Igreja franca, com o apoio de Pepino o Breve, cuja coroação como rei dos francos aprovou - Esta foi a primeira investidura de um soberano por parte de um pontífice.

Soube que mercadores de Veneza traficavam escravos cristãos para os mouros, pelo que os comprou de volta, dando-lhes a liberdade. Faleceu em 22 de Março de 752.

Oração

Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem ! Que o Senhor e nosso Deus, nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra !

Sua festa é comemorada no dia 22 de março