sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Santa Catarina de Vadstena




Nasceu em 1331 na Suécia. Filha de Santa Brígida da Suécia. 
Santa Catarina foi enviada para o Convento de Risberg para ser educada. 
Ela desejava permanecer no convento e seguir uma vida religiosa, mas por razões de Estado, se casou com Edgard Lydersson von Kurnen, um homem inválido. 
Ela e Edgard fizeram os votos de celibato e ele permitia que ela fizesse tudo dentro das diretrizes da Igreja.  
Catarina ficou muito triste quando seu pai faleceu e sua mãe Santa Brígida foi viver em Roma. 
Por algum tempo (como ela mesmo disse a Santa Catarina de Siena) ela nunca sorria. 
Em 1349 Edgard permitiu que ela fosse a Roma visitar sua mãe durante o Jubileu de 1350. Enquanto estava em Roma, ficou sabendo da morte de seu marido (conforme Santa Brígida havia profetizado). 
Ela vivia uma vida de devoção que desejava, resistindo vários pretendentes que desejavam se casar com a bela viúva. 
Alguns até mesmo esperavam para levá-la, a onde desejasse, de carruagem. 
Mas diz a tradição que perto dela sempre aparecia uma corsa para afugentar os pretendentes e um rapaz insistente chegou a ficar cego por várias horas.      
Para repulsar essas pessoas, e como um ato de humildade, ela usava roupas velhas e remendadas.
Pelos próximo 25 anos as duas mulheres usaram Roma como base de uma serie de peregrinações, inclusive uma a Jerusalém. 
Quando em Roma elas passavam o dia em meditação, oração, ajudando os pobres e ensinando a eles a religião e os evangelhos.
Quando Santa Brígida faleceu, Catarina levou seu corpo para a Suécia enterrando-o no Convento da Ordem do Santo Salvador (Brigiditinas) em Vadstena. 
Catarina tornou-se Superiora da Ordem e serviu como Abadessa. Escreveu um trabalho intitulado “Consolação da Alma” (Sielinna Troest). Ela conseguiu a aprovação para Ordem em 1375.
Faleceu em 24 de março de 1381.
Foi canonizada em 1484, culto confirmado pelo Papa Inocêncio VIII.
É protetora contra os abortos.

ORAÇÃO:
Senhor, de muitas bênçãos e virtudes cumulastes Santa Catarina. Pelos méritos de tão querida Santa, nós vos rogamos por nossas famílias. Que possamos ser, a exemplo de Brígida e Catarina, modelos de santidade e fidelidade a vossa doutrina perante os nossos. Dai-nos a graça de, com alegria e paz, semearmos o vosso reino entre aqueles que nos recomendastes. Amém.

SUA FESTA É CELEBRADA NO DIA 24 DE MARÇO

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Santa Joana de Chantal




Joana Francisca de Chantal, modelo de jovem, mãe, irmã e, por fim, de religiosa. Nasceu em Dijon, centro da França, em 1572 e foi pelas provações modelada até a santidade.

A mãe tão amada faleceu quando Joana era criança; o pai, homem de caráter exemplar, era presidente da câmara dos vereadores e por causa de maquinações políticas chegou a sofrer pobreza e muitas humilhações. 

Joana, que recebeu da família a riqueza da fé, deu com 5 anos um exemplo marcante quanto a presença de Jesus no Santíssimo Sacramente, pois falou a um calvinista que questionava o pai:

 "O Senhor Jesus Cristo está presente no Santíssimo Sacramento, porque Ele mesmo o disse. Se pretendeis não aceitar o que Ele falou, fazeis dele um mentiroso".

Santa Joana Francisca com 20 anos casou-se com um Barão (Barão de Chantal), tiveram quatro filhos, e juntos começaram a educar os filhos, principalmente com o exemplo.

 Joana era sempre humilde, caridosa para com o esposo, filhos e empregados; amava e muito amada.

Tristemente perdeu seu esposo que foi vítima de um tiro durante uma caça e somente com a graça de Deus conseguiu perdoar os causadores, e corajosamente educar os filhos. 

Como santa viúva, Joana conheceu o Bispo Francisco de Sales que a assumiu em direção espiritual e encontrou na santa a pessoa ideal para a fundação de uma Ordem religiosa. 

Isto no ano de 1604. A partir disso, começou e se desenvolveu uma das mais belas amizades que se têm conhecido entre os santos da Igreja.

Santa Joana Francisca de Chantal, já com os filhos educados, encontrou resistência dos seus familiares, porém, diante do chamado de Cristo, tornou-se fundadora das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora. 

Seguindo o exemplo de Maria, a santa de hoje com suas irmãs fizeram um grande bem à sociedade e à toda Igreja. 

A longa vida religiosa da Senhora de Chantal foi cheia de trabalhos, sofrimentos e consolações. Faleceu em Moulins, no ano de 1641. Nessa época, já existiam na França noventa casas da sua Ordem.

São Francisco de Sales nunca abandonou a filha espiritual; sobreviveu-lhe ela dezenove anos e repousa a seu lado na capela da Visitação, em Annecy (local da fundação da primeira casa da Ordem das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora).

ORAÇÃO:
Santa Joana Francisca de Chantal, vós que sofrestes tanto a perda de vosso marido a quem tanto amáveis, que tivestes que criar sozinha a quatro filhos pequenos, evangelizastes e atendestes as necessidades de seus empregados e que, após viúva, usastes de todo vosso patrimônio material e espiritual na fundação de conventos sob a direção espiritual de são Francisco de Sales, volvei vosso santo olhar às viúvas que criam seus filhos com tantas dificuldades como as do mundo de hoje. Intercedei junto a Deus para que os filhos possam crescer em conformidade aos nobres desejos de uma santa mãe. Assim seja.

MSUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 9 DE DEZEBRO

fonte: www.cancaonova.com

São Francisco de Sales


Bispo de Genebra, enfrentou vitoriosamente, em controvérsias públicas, os mais reputados teólogos protestantes. 

Pela pregação, pelos escritos e pelo aconselhamento espiritual realizou prodígios de apostolado. Escreveu diversas obras de espiritualidade. 

Fundou, com Santa Joana de Chantal, a Ordem das Visitandinas. É padroeiro dos jornalistas e escritores católicos.

Os cinco primeiros anos após sua ordenação, o Pe. Francisco consagrou-os à evangelização do Chablais, cidade situada na margem sul do lago de Genebra, convertendo, com o risco da própria vida, empedernidos calvinistas. 

Para isso, divulgava folhetos nos quais refutava suas heresias, contrapondo-lhes as lídimas verdades católicas. 

O missionário precisou fugir muitas vezes e esconder-se de enfurecidos hereges, e em algumas ocasiões só se salvou por verdadeiro milagre (1).

Assim, reconduziu ao seio da verdadeira Igreja milhares de almas seduzidas pela heresia de Calvino. 

Ao mesmo tempo dava assistência religiosa aos soldados do castelo de Allinges, os quais, apesar de católicos de nome, eram ignorantes em religião e dissolutos. 

Seu renome começava já a repercutir como grande confessor e diretor de consciências.

Em 1599, o deão de Chambéry foi nomeado Bispo-coadjutor de Genebra; e, três anos depois, com o falecimento do titular, assumiu a direção dessa diocese.

Em 1632, na exumação dos seus restos mortais, o seu corpo encontrava-se em perfeito estado e inclusive com elasticidade nos braços, e ao mesmo tempo uma fragrância doce emanava de seu túmulo.

Dom Bosco denominou sua comunidade de Salesiana em homenagem a São Francisco de Sales.

São Francisco de Sales aceitou em sua casa um jovem com dificuldade de audição e criou uma linguagem de símbolos para possibilitar a comunicação. 

Essa obra de caridade conduziu a Igreja a dar-lhe um outro título, ou seja, o de Padroeiro dos de Difícil Audição (surdos).

ORAÇÃO:

Ó Deus, concedei-nos, pela intercessão de São Francisco de Sales, que manifestemos sempre a mansidão de vosso amor no serviço aos nossos irmãos.
Amém.
São Francisco de Sales, rogai por nós.

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 24 DE JANEIRO

fonte: catolicismo.wordpress.com

domingo, 4 de dezembro de 2011

Santa Margarida Maria Alacoque




Santa Margarida Maria Alacoque nasceu na aldeia de Lautecour, na Borgonha, no dia 22 de Julho de 1647, no seio duma família religiosa, honesta, de boa posição, reputação e de seriedade. 

Seu pai, Claude Alacoque, era notário real. Sua mãe, Philiberte Lamyn era filha também dum notário do rei, François Lamyn.

Quando a religiosa nasceu, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus não era muito conhecida, se bem que já existia.

A sua missão foi dar-lhe um impulso e uma difusão universal, precisar o seu espírito, adapta-lo às necessidades da Igreja Católica nos tempos modernos e fixar as práticas de piedade mais adequadas às novas circunstâncias.

Santa Margarida Maria foi uma simples freira que nunca transpôs os muros do seu convento e morreu antes de completar 45 anos, em 1690.

A Providência compraz-se deste modo em realizar um desígnio imenso a partir de uma humilde religiosa que, para fugir do mundo, tinha-se retirado a um obscuro convento da Ordem da Visitação e levou ali uma vida apagada aos olhos dos homens e até das freiras visitandinas com as quais convivia.

O Papa Pio XII, depois de fazer a lista dos Santos que a precederam na prática e difusão da devoção ao Coração de Jesus, diz a este propósito: 

“Mas entre todos os promotores desta excelsa devoção, merece um lugar especial Santa Margarida Maria Alacoque que, com a ajuda do seu diretor espiritual, o Beato Cláudio de la Colombière (hoje santo) e com o seu zelo ardente, obteve, não sem a admiração dos fiéis, que este culto adquirisse um grande desenvolvimento e, revestido das características do amor e da reparação, se distinguisse das demais formas da piedade cristã.”

Revelação de Jesus a Santa Margarida Maria

A chamada "grande revelação" foi feita a Margarida Maria durante a oitava da festa do Corpus Domini de 1675. Mostrando o seu Coração divino, Jesus confiou à Santa: 

"Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. 

Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. 

Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares”.

ORAÇÃO: 
Senhor Jesus Cristo, que revelastes maravilhosamente as insondáveis riquezas do vosso Coração à Virgem Santa Margarida Maria, concedei-nos pelos seus merecimentos e à sua imitação que, amando-vos em tudo e sobre todas as coisas, mereçamos ter perpétua morada no vosso mesmo Coração, Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. 
Ámen.

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 16 DE OUTUBRO

sábado, 3 de dezembro de 2011

Santa Catarina de Labouré


Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de 1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas. 

Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade. 

Aconteceu que, em 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina: 

"A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. 

A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. 

O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. 

A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem''. 

Nossa Senhora apareceu por três vezes a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: "Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações".

Somente no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada aos milhões por todo o mundo.

Como disse Sua Santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha "desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa". 

Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças. 

Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854. 

Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.

Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade.

Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.

Cinqüenta e seis anos após sua morte, o corpo de Catarina foi encontrado inteiramente incorrupto, e é como se encontra ainda hoje na capela das Irmãs da Caridade, na Rue du Bac, em Paris.(4)

Sua festa é comemorada no dia 27 de novembro


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

São Bernardo do Claraval





São Bernardo de Claraval, ou de Fontaine, foi um abade de Claraval, santo e Doutor da Igreja. 
Nasceu em 1090 em Fontaine-lès-Dijon e faleceu em 20 de Agosto de 1153, na abadia de Claraval.
Foi um monge cisterciense e grande propagador da Ordem e defensor da Igreja. 
Uma das personalidades mais influentes do século XII.
Nascido numa grande família nobre da Borgonha, no castelo de Fontaine-lès-Dijon, Bernardo foi o terceiro de sete filhos de Tescelin o Vermelho (Tescelin Sorrel) e de Aleth de Montbard.
Com a idade de nove anos, é enviado para uma Escola Canônica , onde mostra um gosto particular pela literatura.
Em 1112, decide entrar na Abadia de Cister. Convence vários amigos, irmãos e parentes a ingressarem com ele na vida monástica e chega assim com outros 30 candidatos para entrar na Abadia.
Em 1115, é enviado à frente de um grupo de monges para fundar uma nova casa cisterciense no vale de Langres, em Ville-sous-la-Ferté. 
A fundação é chamada de Claraval e Bernardo é nomeado  Abade desta nova Abadia.
A disciplina imposta por São Bernardo é bastante severa. Bernardo busca formação nas Sagradas Escrituras e nos Padres da Igreja. 
Ele tem uma predileção quase exclusiva pelo Cântico dos Cânticos e por Santo Agostinho. 
Muitas pessoas afluem à nova abadia e Bernardo acaba de converter toda sua família: seu pai, e seus cinco irmãos tornam-se monges em Claraval. 
Para evitar a superlotação nesta Abadia, novas casas são fundadas. A partir de 1118, Bernardo escreve suas primeiras obras, tratados e homilias .
Escreve também uma Apologia que defende os beneditinos brancos. (os cistercienses segundo a cor de seu hábito) contra os beneditinos negros (clunisienses). 
Pedro, o Venerável, abade de Cluny, lhe responde amigavelmente, e apesar de suas diferenças ideológicas, os dois homens tornam-se amigos. 
Ele envia igualmente numerosas cartas para incentivar à reforma o resto do clero, em particular os bispos. 
Em 1128, Bernardo participa do concílio de Troyes, convocado pelo papa Honório II e pelo seu legado, Bernardo é nomeado secretário do concílio.
É contestado por uma parte do clero, que pensa que por ser monge, que se intromete em coisas que não são lhe concernem. 
É durante este concílio que Bernardo consegue o reconhecimento para a Ordem do Templo, os Templários, cujos estatutos são escritos por ele mesmo.
Torna-se uma personalidade importante e respeitada na Cristandade; ele intervém em assuntos públicos, defende os direitos da Igreja contra os príncipes seculares e aconselha papas e reis.
Em 1130, depois da morte de Honório II, é a sua voz que faz com que Inocêncio II seja aceito.
Em 1132, ele consegue do papa a independência de Claraval em relação a Cluny.
Em 1145, Claraval dá um papa à Igreja, Eugênio III. 
Quando o reino de Jerusalém é ameaçado, Eugênio III, ele mesmo um cisterciense, pede a Bernardo que pregue a segunda cruzada.1146.
Ele o faz com tanto sucesso que o rei Luís VII o Jovem e o imperador Conrado III tomam eles mesmos a cruz. 
Em 1148, no concílio de Reims, ele faz uma acusação de heresia contra Gilbert de la Porreé, bispo de Poitiers. Não obtém grande sucesso e seu adversário conserva sua posição e prestígio. 
Cheio de zelo pela Ortodoxia, combate também as teses e condena os excessos de Raul, um antigo monge de Claraval, que exige o massacre dos Judeus.
São Bernardo fundou 72 mosteiros, espalhados por toda Europa: 35 na França, 14 na Espanha, 10 na Inglaterra e Irlanda, 6 em Flandres, 4 na Itália, 4 na Dinamarca, 2 na Suécia e 1 na Hungria, além de muitos outros que se filiaram à Ordem.
Em 1151, dois anos antes de sua morte, existem 500 abadias cistercienses. Havia 700 monges ligados a Claraval.Bernardo morre em 1153 com 63 anos.
Foi canonizado em 18 de junho de 1174 por Alexandre III e declarado Doutor da Igreja por Pio VIII em 1830.

ORAÇÃO DE SÃO BERNARDO À VIRGEM MARIA

Lembrai-Vos, Oh! puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado.
Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e gemendo sob o peso de meus pecados me prostro a vossos pés.
Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém.

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 20 DE AGOSTO

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Santa Brígida da Irlanda





Santa Brígida (453 - 524) era uma cristã irlandêsa, freira, abadessa, e fundadora de diversos conventos, que é venerado como santa. Ela é considerada uma das santas padroeiras da Irlanda, juntamente com São Patrício e São Columba. 
Tal como acontece com muitos santos antigos a biografia de Brígida tem sido dificultada pela passagem do tempo. 
Muita mudança ocorreu dentro do corpo de informação que agora existe. 
Segundo a tradição, ela nasceu em Faughart, Irlanda. 
Seus pais eram Dubhthach, um pagão de Leinster, e Brocca, uma cristã de Pictos que havia sido batizada por São Patrício.
Brígida recebeu o mesmo nome de uma das mais poderosas deusas da religião pagã, que o seu pai Dubhthach praticava; Brígida era a deusa do fogo, cujas manifestações foram música, artesanato, e poesia, que os irlandeses consideravam a chama do conhecimento.
Ela foi convertida como cristã ou 468,mas ela foi inspirada pela pregação de São Patrício desde a mais tenra idade. 
Apesar da oposição do seu pai, ela era determinada a entrar na vida religiosa. Várias testemunhos atestam a sua grande piedade.
Ela tinha um coração generoso e nunca poderia recusar nada a um pobre, que vinha para a porta do pai.
Sua caridade irritava seu pai: ele pensava que ela estava a ser demasiadamente generosa para os pobres e necessitados, quando ela distribuia seu leite e farinha para todos. 
Quando ela finalmente deu sua jóia a um leproso, Dubhthach percebeu que talvez, fosse o mais adequado para sua filha a vida de uma freira. 
Brígida finalmente obteve o seu desejo ela foi enviada para um convento.Brigid recebeu o véu de Santo Mel e professou votos a dedicar sua vida a Cristo. 
A partir deste ponto surgiram histórias e lendas sobre Brigid. Ela é creditada por ter fundado um convento em Clara,no Condado de Offaly sua primeira fundaçâo. 
Mas era para ser em Kildare que o seu principal alicerce iria surgir. 
Cerca de 470 ela fundou a Abadia Kildare, uma duplo mosteiro, com freiras e monges. Brigid era famosa por seu senso comum e acima de tudo pela sua santidade: na sua vida, ela era considerada como uma santa.
A Abadia de Kildare tornou-se uma dos mais prestigiados mosteiros da Irlanda, famoso em toda a Europa cristã.
Ela morreu em Kildare em torno de 525 e foi enterrada em um túmulo na igreja de sua abadia . 
Depois de algum tempo ela foi transporta para Downpatrick com os restos dos outros dois santos padroeiros da Irlanda, Patricio e Columba. 
Seu crânio foi extraído e levado à Igreja de São João Batista de Lisboa, Portugal, por três irlandeses nobres, onde permanece ate hoje. 
Há uma ampla devoção a ela na Irlanda, onde ela é conhecida como a "Maria do Gael" e seu culto foi trazido para a Europa pelos missionários irlandeses, nos séculos depois da sua morte. 
Na Bélgica, existe uma capela dedicada a Santa Brígida em Fosses-la-Ville.

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 01 DE FEVEREIRO

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Santa Brígida da Suécia





Brígida Birgersdotter nasceu no ano de 1303, em Uplândia, Suécia. 
Foi uma religiosa sueca, escritora, teóloga, fundadora de ordem religiosa, padroeira da Suécia e copadroeira da Europa. 
Seu pai Birger Persson  era o governador da Uplândia. 
Brígida ficou orfã de mãe quando tinha cerca de 10 anos de idade. Por volta de 13 anos, foi dada em matrimônio contra sua vontade a Ulf Gudmarsson, com o qual tecve 8 filhos, entre eles Santa Catarina de Vadstena.
Desde criança Brígida tinha visões. Uma vez viu a Virgem Maria colocar em sua cabeça uma coroa. 
Em outra ocasião, viu diante dela Jesus Cristo torturado e morto na cruz. Uma pregação sobre a Paixão de Cristo comoveu profundamente o coração da menina Brígida de nove anos de idade. 
Ela passou uma noite ajoelhada e chorando, tremendo de frio diante de um crucifixo. 
A voz do Crucificado falou para ela: "Veja como fui maltratado!". Assutada, ela clamou: "Senhor, quem te fiz isso?". Cristo repondeu-lhe: "Fizeram aqueles que rejeitaram a Mim e o meu Amor".
A profunda devoção a Maria e as meditações sobre o sofrimento de Cristo marcariam toda a vida de Santa Brígida.
A devoção de Brígida também influenciou seu marido. 
Entre outras viagens, o casal realizou peregrinações a Nídaros (atual Trondheim) e a Santiago de Compostela. 
Esta última seu pai já a tinha igualmente realizado. 
A caminho da Espanha, na cidade francesa de Arras, Ulf adoeceu. 
Quando se temia o pior, o santo francês São Dionisio apareceu ante Brígida e lhe prometeu que seu marido não morreria nessa ocasião. 
De volta a Suécia, Brígida e o marido se estabeleceram junto ao convento de Alvastra, onde Ulf faleceu em 1344, aproximadamente.
Após a morte de Ulf, Brígida repartiu seus bens entre os herdeiros e os pobres, passando a viver de maneira simples nas imediações do convento de Alvastra. 
Nessa época, suas visões se tornaram mais numerosas, formando a maior parte das aparições que Brígida vivenciou até sua partida para Roma.
Foi durante elas que Brígida recebeu a missão de levar mensagens a políticos e líderes religiosos, assim como teve diálogos com santos e mortos.
Brígida viajou a Roma no ano de 1349 com o propósito de tomar parte na celebração do jubileu de 1350, e para obter permissão do papa para fundar uma nova ordem religiosa. 
Entretanto, na ocasião o papa residia em Avignon e, além disso, a Igreja havia proibido o estabelecimento de mais ordens. 
A ausência do papa desanimou Brígida, que havia tido uma visão na qual encontraria o papa e o Imperador quando chegasse a Roma.
Chegando em Roma, Brígida se assustou muito. Rebanhos de cabras apascentavam dentro e fora da Basílica de São Pedro, o papa residia em Avinhão. 
Nas ruas de Romas as famílias Orsini e Colonna estavam em guerra, e os peregrinos viviam em perigo constantemente. 
Brígida sofreu muito com aquilo que viu. Ela vivia a regra de sua futura fundação. Visitava, diariamente o túmulo dos apóstolos e mártires. 
Em Roma, residiu primeiramente ao redor da basílica de São Lorenço. 
Foi testemunha do decaimento espiritual da cidade após a partida do papa. 
Durante sua estadia na cidade, escreveu cartas ao papa, onde lhe suplicava que regressasse a Roma, e se dedicou a visitar as igrejas que continham tumbas de santos. Nas igrejas de São Lourenço de Panisperna, na colina de Viminale, pediu aos transeuntes esmolas para os necessitados. 
Também aproveitou para viajar em peregrinação ao santuários de Assis, à Nápoles e ao sul da Itália.
Uma peste matou a metade da população da Itália. Brígida se preocupou com os doentes, visitou muitos deles, levou-os aos hospitais, e neste tarefa realizou obras milagrosas.
Em 1368, o papa Urbano V regressou a Roma e, em 21 de outubro recebeu o Imperador Carlos IV. 
Então, Brígida pôde entregar as regras de sua ordem ao papa, que se encarregaria de examiná-las. 
As regras foram aceitas com várias revisões e grandes mudanças com as quais Brígida provavelmente não concordava. 
Além disso, o papa tomou a decisão de deixar novamente a Itália por motivos de segurança, situação com a qual Brígida também não estava de acordo. 
Ela profetizou que o papa receberia um forte golpe de Deus e, após dois meses do regresso a Avignon, Urbano faleceu.
Em 1371, quando tinha aproximadamente 68 anos, Brígida realizou uma viagem à Terra Santa, com um itinerário que passaria por Nápoles e Chipre. 
Em Nápoles, faleceu seu filho Carlos Ulvsson, o que lhe acarretou grandes preocupações. Brígida teve, então, outra aparição, que lhe garantiram o perdão divino a seu filho e agradeceram às orações e lágrimas de sua mãe. 
Quando voltou à Roma, no verão de 1373, uma enfermidade à debilitou, e Brígida faleceu no que é hoje a praça Farnese. 
De acordo com sua própria vontade, seus restos mortais foram transladados para a Suécia, especificamente para o convento de Vadstena, após haverem sido enterrados na igreja romana de São Lourenço em Panisperna. 
Em 1377, por ordem do bispo Alfonso Pecha de Vadaterra, amigo e confessor de Brígida, foi à luz a primeira edição de suas Aparições celestiais. 
Em 1378, foi ao fim outra aprovação sobre as regras da ordem religiosa de Brígida, e em 1384 se consagrou o convento de Vadstena.
O processo de canonização de Brígida começou em 1377 e terminou em 1391. Em 1999, santa Brígida foi elevada, junto com santa Catalina de Siena e santa Teresa Benedita da Cruz, à copatrona da Europa.
A ordem de Santa Brígida perdura até nossos dias, sob o nome de Ordem do Santo Salvador (Ordo Sancti Salvatoris), chamada comumente de Ordem Brigidina. 
Os restos de santa Brígida se encontram no convento de Vadstena. 
O edifício onde a santa viveu em Roma, a Casa de Santa Brigida, contem um templo, um convento, e um albergue.

Sua festa é comemorada no dia 23 de julho

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

São Bento





Bento nasceu em Núrcia, não muito longe de Roma, em 480, seus pais de nobre linhagem, o enviaram para Cidade Eterna, a fim de que se formasse nas ciências liberais, visando uma boa colocação na magistratura. 

O Império Romano estava esfacelando-se frente à pressão dos invasores bárbaros.O último imperador Rômulo Augístulo entregou o comando da Itália a Odoacro,rei dos hérulos, em 476. 

O ambiente romano era leviano e frívolo demais para o jovem estudante Bento que, aspirando a idéias superiores, acabou se desgostando.

Retirou-se às montanha da Úmbria e, imitando o exemplo de outros eremitas, escolheu uma gruta quase inacessível num penhasco chamado Subiaco, afim de entregar-se à oração, à meditação e à ascese cristã. 

Outro eremita, de vez em quando lhe fazia descer num cesto um pouco de pão para completar a pouca alimentação.

Não existiam ainda, na Itália, instituições monásticas, ao contrário do Oriente, onde, onde já havia uma tradição a respeito. 

Os mosteiros fundados por Santo Honorato e Santo Cassiano um século antes na França eram pouco conhecidos na Itália.

Bento sentiu-se inspirado em fazer a sua experiência eremítica e monástica. Ficou três anos na solidão daquela gruta; sua experiência aos poucos, contagiou outros jovens desejosos de cultivar os valores espirituais. 

Entre os primeiros discípulos, contam-se São Mauro e São Plácido. A experiência  de São Bento foi amadurecendo com o estudo das Regras monásticas de São Pacômio e de São Basílio, procurando assimilar o que havia de melhor e adaptando-o ao espírito romano. 

Aos 40 anos de idade, não encontrando mais condições de sossego, por interferências estranhas, Bento deixa Subiaco, ruma para o sul de Roma e constrói o famoso mosteiro de Monte Cassino, considerado o centro propulsor da vida beneditina em todos os tempos.


No cume de um monte, este mosteiro devia realizar o ideal de vida consagrada: não em cenóbios em que o monge vive sozinho, exposto a perigos e ilusões de fixismo religioso, mas em vida comunitária sob a direção de um mestre espiritual, o abade (abbas=pai) num mosteiro auto suficiente.

A expansão que alcançou esta iniciativa monástica foi impressionante. Duzentos anos mais tarde, a Regra Beneditina vigorava em toda a Europa eliminando praticamente todas as demais formas de vida consagrada.

Este sucesso não foi casual, mas inerente ao equilíbrio e sensatez da Regra. Pois o fim da Regra de São Bento era formar cristãos perfeitos, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo , mediante a prática dos mandamentos e conselhos evangélicos.

Essa perfeição, pensava o santo, era mais fácil de ser atingida na vida comunitária do que na solidão. Neste sentido, a Regra de São Bento marca um claro progresso em relação à regra individual, eremítica ou cenobítica.

Outro precioso fator era o equilíbrio e a moderação. A Regra devia ser possível a todos e adaptável à capacidade de cada um, de modo que os fortes, possam desejar mais e os fracos não se sintam desencorajados. 

Nela há uma dosagem equilibrada de entre trabalho manual e o tempo de repouso, de oração e estudo. ORA ET LABORA, "oração e trabalho", era seu lema: oração transformada em trabalho e trabalho em oração, pela fé e obediência. 

O convívio fraterno completa o equilíbrio psicológico. Os mosteiros beneditinos se tornaram na Idade Média  centros de civilização integral, faróis de evangelização e ciência, escolas de agricultura. 

Deram à Igreja  inúmeros homens de grande ciência e santidade. Das fileiras beneditinas sairam 23 papas, cinco mil bispos e os santos canonizados são cerca de três mil.

A poucos quilômetros de Monte Cassino, Santa Escolástica, irmã de São Bento, adotou a Regra para as mulheres, dando origem às monjas beneditinas.

São Bento faleceu em Monte Cassino em 547 no dia 21 de março, com 67 anos de idade. Sua figura histórica agigantou-se cada vez mais, encontrando rápida ressonância na literatura, na arte e sobretudo na vida religiosa consagrada. 

ORAÇÃO
(pedidos de proteção contra o inimigo)

A Cruz sagrada seja minha Luz, Não seja o Dragão meu guia
Retira-te Satanás, Nunca me aconselhes coisas vãs
É mal o que tu me ofereces, Bebe tu mesmo do teu veneno
Rogai por nós bem aventurado São Bento
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Em Latim
Crux Sacra Sit Mihi Lux, Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Sátana, Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas, Ipse Venena Bibas

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 11 DE JULHO

Santa Juliana de Cornillon





Também conhecida como Santa Juliana de Liege.

Na cidade de Liége, na Bélgica, numa das casas de uma aldeia chamada Retinne, nasceu em 1193 a pequena Juliana.

Ficando órfã aos cinco anos de idade, junto com sua irmã Agnes foram confiadas aos cuidados das irmãs agostinianas em Monte Cornillon.

Ali receberam uma boa educação e aprenderam a viver piedosamente, adaptando-se ao estilo de vida das religiosas.

Assim, com apenas 14 anos de idade ingressou definitivamente na comunidade das irmãs agostinianas.

O amor e a devoção da Irmã Juliana de Cornillon ao Santíssimo Sacramento sempre chamou a atenção por seu grau elevadíssimo.

Era Deus que já ia preparando-lhe o coração para que servisse de instrumento na grande missão de difundir o valor da Sagrada Eucaristia.

Num dia qualquer de 1208, irmã Juliana encontrava-se em oração quando teve a visão de um astro semelhante à lua cheia brilhante, mas com uma pequena incisão preta.

Temendo ser vítima de uma ilusão maligna, suplicou a Deus que lhe esclarecesse as visões, que passaram a se repetir diariamente.

Só depois de dois anos é que Nosso Senhor revelou o significado daqueles sonhos, dizendo-lhe: "A lua representa a Igreja e suas festas.

E a incisão negra significa a falta da solenidade cuja instituição eu desejo, para despertar a fé dos povos e para o bem espiritual dos meus eleitos.

Quero que uma festa especial seja estabelecida em honra ao Sacramento do Meu Corpo e do Meu Sangue".

No momento que julgou apropriado, irmã Juliana contou às autoridades religiosas a missão que havia recebido.

Falou com dom Roberto de Thorote (então bispo de Liége), ao doutor Dominico Hugh e ao bispo dominicano dom Jacques de Pantaleón de Troyes, que mais tarde seria eleito Papa, chamando-se Urbano IV.

Dom Roberto convocou um sínodo em 1246 e disse aos seus padres, religiosos e leigos que a festa de Corpus Christi passaria a ser celebrada.

Porém o bispo faleceu naquele mesmo ano e não viu seu desejo realizado. Muitos dos que se haviam oposto à celebração da festa ficaram aliviados, pois achavam que irmã Juliana tinha imaginação excessiva.

A religiosa passou a ser perseguida por causa de sua missão, sendo inclusive transferida por certo tempo para um lugar chamado Namur.

Apesar disso, em 1247 o Cardeal Cher, religioso dominicano, decidiu instituir a solenidade de Corpus Christi em toda a sua Diocese.

Foi ele mesmo quem conduziu o Santíssimo Sacramento na primeira procissão eucarística na Igreja de San Martin, em Liége.

Depois de anos de perseguição e sofrimento, a irmã Juliana viu sua missão concretizar-se.

Mas não conseguiu ver a festa em honra ao Santíssimo Sacramento ser estendida a toda a Igreja, pois veio a falecer em 5 de abril de 1258.

Em 1264 o Papa Urbano IV, que anos antes ouviu pessoalmente os relatos de irmã Juliana, determinou que a solenidade de Corpus Christi fosse celebrada pela Igreja em todo o mundo.

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 6 DE ABRIL

Santa Juliana de Falconieri




Fundou a Congregação Servas de Maria

Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima disnatia dos Falconieri. 

De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. 

Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. 

Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais.

Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. 
Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de “Mantellate”, numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. 

Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. 

Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

Poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu  ao Padre Tiago de Campo Regio que lhe trouxesse ao menos o cibório em sua cela; ela se estendeu ao chão, e com os braços em cruz, quis que um corporal fosse estendido sobre o seu peito e que a santa hóstia fosse aí depositada; tão logo foi depositada, desapareceu misteriosamente, e Juliana morreu dizendo: “Meu doce Jesus” era o dia 19 de junho de 1341.

Quando foi feito a toalete fúnebre, encontrou-se sobre o coração da santa, a marca da hóstia como um selo, tendo a imagem de Jesus crucificado. O Senhor que ela tanto desejou receber, escutou-a para além de toda esperança.

As “Mantellate”, trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia, em memória desse milagre. 

Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII.

ORAÇÃO

Ó Deus, por meio de Santa Juliana, exemplo de castidade e de penitência, suscitastes na Ordem dos Servos de Maria uma família de virgens a vós consagradas; fazei que a vossa Igreja, movida pelo amor do Esposo, mantenha sempre viva a chama da virgindade fecunda. Por Cristo, nosso Senhor.

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 19 DE JUNHO

domingo, 25 de setembro de 2011

São Jorge





São Jorge nasceu na Capadócia no ano de 280. No final do século III, o cristão Jorge trocou a Capadócia, na Turquia, pela Palestina, vindo a ingressar no exército de Diocleciano. 

Jorge logo se destacou, sendo elevado a conde e depois a tribuno militar. Tudo ia bem, até que as perseguições aos seguidores de Cristo reiniciaram. 

O rapaz não quis negar sua fé, fazendo com que Diocleciano se sentisse traído. O imperador, então, condenou-o às mais terríveis torturas. E Jorge consegiu vencer a todas elas. 

Suportando uma dor atrás da outra, o filho da Capadócia suportou as lanças dos soldados, permaneceu firme sob o peso de uma imensa pedra, obteve a cicatrização imediata das navalhadas que recebeu e resistiu ao calor de uma fornalha de cal. 

A cada vitória sobre as torturas, Jorge ia convertendo mais e mais soldados. O imperador, contrariado, chamou um mago para acabar com a força de Jorge. O santo tomou duas poções e, mesmo assim, manteve-se firme e vivo. 

O feiticeiro juntou-se à lista dos convertidos, assim como a própria esposa do imperador. Estas duas últimas "traições" levaram Diocleciano a mandar degolar o ex-soldado em 23 de abril de 303. 

Conta-se ainda que o bravo militar matou um dragão para salvar a filha do rei de Selena e todos os habitantes desta cidade Líbia. Lenda ou realidade, o fato é que São Jorge nos lembra que todos nós temos algum desafio a vencer nesta vida, seja o nosso orgulho, o nosso egoísmo ou mesmo problemas que nos afetam no dia-a-dia. 

Como ele, devemos permanecer fortes e corajosos, independentes dos desafios que a vida nos traga. Assim, como Jorge, havemos de vencer.

ORAÇÃO ( para termos fé) - " Ó Deus todo-poderoso, vós nos protegeis pelos méritos e bênçãos de São Jorge. Fazei que este grande mártir, com sua couraça, sua espada e seu escudo, que representam a fé, a esperança e a caridade, esclareça a nossa inteligência, ilumine os nossos caminhos e fortaleça o nosso ânimo nas lutas da vida. Que ele nos alcance de vós a firmeza diante da vossa vontade contra as ciladas do mal. E assim, vencendo como São Jorge venceu, possamos triunfar convosco no céu, e participar das eternas alegrias. Amém ".

ORAÇÃO ( para obtermos emprego) - "São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor. Abri os meus caminhos. Ajudai-me a conseguir bom emprego. Fazei que eu saiba estimar a todos, superiores, colegas e subordinados, e também ser estimado. Que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre no meu coração, na minha família, na minha escola e no meu trabalho. Velai por mim e pelos meus, protegendo-me sempre, abrindo e iluminando os nossos caminhos, ajudando-nos também a trasmitir paz, amor e harmonia a todos os que nos cercam. Amém".

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 23 DE ABRIL.  COMEMORA-SE TODO DIA 23.

São Longuinho



São Longuinho viveu no primeiro século, foi contemporâneo de Jesus Cristo e, de acordo com os raríssimos relatos a respeito da vida deste santo, dizem tratar-se do centurião na Crucificação, que reconheceu Cristo como "o filho de Deus" (27:54 Matheus; Marcos 15:39; Lucas 23:47). 

Este centurião é identificado também como o soldado que "perfurou Jesus com uma lança" (João 19:34), provavelmente pelo fato do nome ser derivado do grego e significar "uma lança".

Conta-se que os crucificados tinham seus pés quebrados a fim de facilitar a retirada da cruz, mas quando chegou a vez de Jesus, o mesmo já estava com os pés soltos, e assim, ao invés de quebrar seus pés, um dos soldados perfurou o lado do seu corpo com uma lança. 

A água que saiu do lado de Jesus teria respingado em seus olhos, curando-o instantaneamente de uma grave doença nos olhos. Conseqüentemente, o soldado se converteu e, ao abandonar para sempre o exército e sua moradia, transformou-se num monge a percorrer a Cesarea e a Capadócia, atual Turquia.

A tradição nos diz que São Longuinho destruiu algumas imagens idolatradas na época com um machado, na presença de um homem que o perseguia, e que das imagens quebradas saíram muitos espíritos malignos que possuíram e cegaram tal homem. 

Longinho disse a ele que somente seria curado e liberto após sua conversão. Assim, depois fazer uma prece, imediatamente o homem foi curado da cegueira e converteu-se ao cristianismo.

São Longuinho foi preso e torturado por causa de sua fé cristã, tendo seus dentes arrancados e sua língua cortada. 

Na arte litúrgica, São Longuinho é representado como um soldado com uma lança apontada para os seus olhos ou então com os braços abertos, segurando uma lança. 

A lança de São Longuinho encontra-se hoje em Viena, na Áustria, e é muito reverenciada como relíquia religiosa.

ORAÇÃO:
Glorioso São Longuinho, a ti suplicamos, cheios de confiança em sua intercessão. Sentimo-nos atraídos a ti por uma especial devoção, e sabemos que nossas súplicas serão ouvidas por Deus Nosso Senhor, se tu, tão amado por ele, nos fizer representar.

Sua caridade, reflexo admirável, inclina-te a socorrer toda miséria, a consolar todo sofrimento, suprir toda necessidade em proveito de nossas almas, e assegurar cada vez mais nossa eterna salvação, com a prática de boas obras e imitação de suas virtudes ! Amém

Sua festa é comemorada em 16 de outubro no leste europeu, e no dia 15 de março no Brasil e Espanha

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Santo Estevão da Hungria




Santo Estevão nasceu no ano de 979, foi filho do primeiro duque húngaro convertido ao Cristianismo através da pregação de Santo Adalberto, Bispo de Praga.

Voik era o seu nome, até ser batizado na adolescência, recebendo o nome de Estevão, o primeiro mártir cristão, tendo sempre como guia e mestre o Bispo de Praga.

Santo Estevão casou-se com a piedosa e inteligente Gisela, a qual muito lhe ajudou no governo do povo húngaro, já que precisou unificar muitas tribos dispersas e até mesmo bem usar a ação militar para conter oposições internas e externas.


Ele, até entrar no Céu em 1038, não precisou preocupar-se com a evangelização inicial do povo, mas ocupou-se do aprofundamento do seu povo na graça chamada Cristianismo.


De todo o coração, alma e espírito, estreitou cada vez mais a comunhão com o Papa e a Igreja de Roma, isto sem esquecer de ajudar na formação de uma hierarquia eclesiástica húngara, assim como na construção de igrejas, mosteiros e na propagação da Sã Doutrina Católica e devoção a Nossa Senhora.


Ele tinha tão profundo respeito pelo nome sagrado da Mãe de Deus, que não ousava nem mesmo pronunciá-lo: chamava Maria a Grande Senhora.


Todos os seus súditos, a seu exemplo, davam-lhe o mesmo título.


E se acontecia que na sua presença se pronunciasse o nome de Maria, logo todos dobravam o joelho, para testemunhar sua veneração por um nome tão augusto.


Santo Estevão, por ser "o primeiro Rei que consagrou a sua nação a Nossa Senhora", tem uma estátua na Basílica de Nossa Senhora de Fátima e um vitral na capela do Calvário húngaro. 


SUA FESTA É CELEBRADA NO DIA 16 DE AGOSTO

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Santa Rita de Cássia



Santa Rita nasceu, na Itália, a 22 de maio de 1381, na região da Úmbria, num  lugarejo chamado, naquele tempo, Roca Porena. Seus pais, Antônio e Amada Mancini, já idosos, rogavam a Deus a vinda de um filho.

Nasceu-lhes a pequena Margherita, daí sua abreviatura: Rita.

Educada, com muito esmêro cristão, Rita passou sua infância e sua juventude, auxiliando seus pais na lavoura.

Recém-nascida e sempre colocada num cesto, que fazia às vezes de berço,  no próprio campo, certa vez foi encontrada envolta de abelhas brancas que lhe pousavam na face, sem ferí-la.

Quando jovem casou-se com Paulo Fernando. Tiveram dois filhos:  João Tiago e Paulo Maria. O marido,  de gênio forte e colérico, maltratou-a muitas vezes.

Rita, graças à bondade de coração e às suas preces, conseguiu convertê-lo para Deus. Ele morreu assassinado, vítima de lutas políticas de época.

Os filhos, jovens, quiseram vingar a morte do pai. Rita, preferindo vê-los mortos que transgredindo a lei divina, pediu a Deus que os levasse para o céu  antes de se mancharem com aquele crime. Morreram ambos, dizimados por uma peste que arrasou a Europa naquela  época.

Viúva e sem filhos,  Rita  dedicou-se ao socorro dos pobres e enfermos, ajudando a uns  e outros, com alimento, visita, conforto e trabalho.

Sentindo o chamado de Deus, procurou o Convento das Irmãs Agostinianas de Santa Maria Madalena, em Cássia, para tornar-se religiosa. As regras daquele tempo impediam o ingresso de viúvas.

Certa vez, madrugada ainda, Rita foi encontrada pelas freiras, rezando na capela do Mosteiro, com portas e janelas fechadas. 

A Madre Superiora viu naquele fato um desígnio  do céu e admitiu-a como Irmã. Para provar sua vontade, mandou que regasse diariamente, um ramo seco de videira.  Com o tempo, o ramo verdejou e floresceu numa viçosa videira.

Um dia, rezando perante o crucifixo, pediu a Cristo a graça de sofrer com Ele. Um espinho desprendeu-se da imagem e fincou-se-lhe na fronte, abrindo uma chaga dolorosa e purulenta, que durante mais de quinze anos a fez sofrer muito.

 Em 1450 ano santo, desejando ir a Roma, com suas companheiras de hábito e não o podendo por causa da chaga na fronte, Rita a Deus pediu esta graça e a chaga fechou-se, tornando-se a abrir quando de volta ao Convento.

 Muito jejum, muita penitência, muita oração eram sua maneira de viver. Gravemente enferma, vivendo num pobre catre, no fundo de uma humilde cela, Rita recebeu a visita de sua prima. 

Pediu a esta que fosse até Roca Porena e lá em sua antiga casa, colhesse para ela um figo e um botão  de rosa. Era pleno inverno, tudo sepultado sobre a mais densa neve, e no entanto a prima encontrou  o figo e rosa no jardim de Rita.

No dia 22  de maio de 1457, Rita  entregou sua bela alma a Deus. No campanário do Convento,  os sinos começaram a repicar festivamente, tangidos por mãos misteriosas. 

A chaga da fronte fechou-se na mesma hora e no lugar do habitual mal cheiro que dela se exalava, passou a exalar um discreto perfume. 

Tantos foram os milagres e as graças que milhares de devotos seus receberam de Deus, por intercessão sua, que ficou conhecida como a “Santa dos Impossíveis”. O Papa Leão XIII, canonizou-a no dia de Pentecostes, 24 de maio de 1900, Ano Santo.

Oração

Ó Deus, que Vos dignastes comunicar a Santa Rita tanta graça, que Vos imitou no amor aos seus inimigos, trazendo no seu coração e na sua fronte os sinais da Vossa caridade e Paixão, nós Vos rogamos nos concedais, Por sua intercessão e méritos, amar os nossos inimigos e contemplar continuamente, com o espinho da compunção, as dores da Vossa paixão. Vós que viveis e reinais pelos séculos. Amém.

Sua festa é comemorada no dia 22 de maio

São Judas Tadeu


São Judas Tadeu era natural de Caná da Galiléia, na Palestina. Sua família era constituída do pai, Alfeu (ou Cléofas) e a mãe, Maria Cléofas.


 Eram parentes de Jesus. O pai, Alfeu, era irmão de São José; a mãe, Maria Cléofas, prima irmã de Maria Santíssima. Portanto, Judas Tadeu era primo irmão de Jesus.


 O irmão de Judas Tadeu, Tiago, chamado o Menor, também foi discípulo de Jesus.A Bíblia trata pouco de Judas Tadeu. Mas aponta o importante: Judas Tadeu foi escolhido por Jesus, para apóstolo (Mt 10,4).


 É citado explicitamente nas Escrituras pelo evangelista João (Jo 14,22). Na ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: "Mestre, por que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?" 


Jesus lhe respondeu afirmando que teriam manifestação dele todos os que guardassem sua palavra e permanecessem fiéis a seu amor.


Após ter recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Passou para a Samaria e Iduméria e outras populações judaicas. Pelo ano 50, tomou parte no primeiro Concílio, o de Jerusalém.


 Em seguida, foi evangelizar a Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia. Neste país recebeu a companhia de outro apóstolo, Simão. A pregação e o testemunho de Judas Tadeu impressionaram os pagãos que se convertiam.


 Isto provocou a inveja e fúria contra o apóstolo, que foi trucidado, a golpes de cacetes, lanças e machados. Isso, pelo ano 70. São Judas Tadeu foi mártir, quer dizer: mostrou que sua adesão a Jesus era tal, que testemunhou a fé com a doação da própria vida.


A brevíssima Carta de São Judas, que está na Bíblia, é uma severa advertência contra os falsos mestres e um convite a manter a pureza da fé.


 Nos versículos 22-23 propõe pontos fundamentais de um programa de vida cristã: fé, oração, auxílio mútuo, confiança na misericórdia de Jesus Cristo.


A imagem de São Judas tem o livro, que é a Palavra que ele pregou e a machadinha, com a qual foi morto.


 Os restos mortais, após terem sido guardados no Oriente Médio e na França, foram definitivamente transferidos para Roma, na Basílica de São Pedro.


ORAÇÃO


O S. Judas Tadeu, recordo-vos a felicidade que sentistes quando o bom Mestre vos ensinou, a vós e aos outros Apóstolos, a oração do Pai Nosso. Por essa alegria, peço-vos que me obtenhais a graça de ser, até o fim, um fiel discípulo do Salvador. (Pai Nosso)


SUA FESTA É CELEBRADA NO DIA 28 DE OUTUBRO

São Paulo apóstolo




Paulo nasceu entre o ano 5 e 10 da era cristã, em Tarso, capital da Cilícia, na Ásia Menor, cidade aberta às influências culturais e às trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente.


 Descende de uma família de judeus da diáspora, pertencente à tribo de Benjamim, que observava rigorosamente a religião dos seus pais, sem recusar os contactos com a vida e a cultura do Império Romano.


Os pais deram-lhe o nome de Saul (nome do primeiro rei dos judeus) e o apelido Paulo. O nome Saul passou para Saulo porque assim era este nome em grego.


 Mais tarde, a partir da sua primeira viagem missionária no mundo greco-romano, Paulo usa exclusivamente o sobrenome latino Paulus.


Recebeu a sua primeira educação religiosa em Tarso tendo por base o Pentateuco e a lei de Moisés. 


A partir do ano 25 d.C. vai para Jerusalém onde frequenta as aulas de Gamaliel, mestre de grande prestígio, aprofundando com ele o conhecimento do Pentateuco escrito e oral.


Aprende a falar e a escrever aramaico, hebraico, grego e latim. Pode falar publicamente em grego ao tribuno romano, em hebraico à multidão em Jerusalém (Act 21,37.40) e catequizar hebreus, gregos e romanos.


Paulo é chamado “o Apóstolo” por ter sido o maior anunciador do cristianismo depois de Cristo. Entre as grandes figuras do cristianismo nascente, a seguir a Cristo, Paulo é de facto a personalidade mais importante que conhecemos. 


É uma das pessoas mais interessantes e modernas de toda a literatura grega, e a sua Carta aos Coríntios é das obras mais significativas da humanidade.


Escreveu 13 cartas às igrejas por ele fundadas: cartas grandes: duas aos tessalonicenses; duas aos coríntios; aos gálatas; aos romanos. Da prisão: aos filipenses; bilhete a Filémon; aos colossenses; aos efésios. Pastorais: duas a Timóteo e uma a Tito.


Quando estava preso em Cesareia, Paulo apela para César e o governador Festo envia-o para Roma, aonde chegou na Primavera do ano 61.


 Viveu dois anos em Roma em prisão domiciliária. Sofreu o martírio no ano 67, no final do reinado de Nero, na Via Ostiense, a 5 quilómetros dos muros de Roma.


São Paulo, foi um dos mais influentes escritores do cristianismo primitivo, cujas obras compõem parte significativa do Novo Testamento.


 A influência que exerceu no pensamento cristão, chamada de "paulinismo", foi fundamental por causa do seu papel como proeminente apóstolo do Cristianismo durante a propagação inicial do Evangelho pelo Império Romano.


Conhecido como Saulo antes de sua conversão, ele se dedicava à perseguição dos primeiros discípulos de Jesus na região de Jerusalém.


 De acordo com o relato na Bíblia, durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco, numa missão para que, encontrando fiéis por lá, "os levasse presos a Jerusalém", Saulo teve uma visão de Jesus envolto numa grande luz. Ficou cego, mas recuperou a visão após três dias e começou então a pregar o Cristianismo.


Juntamente com Simão Pedro e Tiago, o Justo, ele foi um dos mais proeminentes líderes do nascente cristianismo. Era também cidadão romano, o que lhe conferia uma situação legal privilegiada.


Treze epístolas no Novo Testamento são atribuídas a Paulo, mas a sua autoria em sete delas é contestada por estudiosos modernos. Agostinho desenvolveu a ideia de Paulo que a salvação é baseada na fé e não nas "obras da Lei". 


A interpretação de Martinho Lutero das obras de Paulo influenciou fortemente sua doutrina de "sola fide".


A conversão de Paulo mudou radicalmente o curso de sua vida. Através de suas atividades missionárias e obras, Paulo eventualmente transformou as crenças religiosas e a filosofia na região da bacia do Mediterrâneo.


 Sua liderança, influência e legado levaram à formação de comunidades dominadas por grupos gentios que adoravam o Deus de Israel, aderiam ao código moral judaico, mas que abandonaram o ritual e as obrigações alimentares da Lei Mosaica por causa dos ensinamentos de Paulo sobre a vida e obra de Jesus e seu "Novo Testamento", fundamentados na morte de Jesus e na sua ressurreição.


ORAÇÃO

Senhor, nosso Deus, concedei-nos os auxílios necessários à salvação, 
pela intercessão do Apóstolo São Paulo, pelo qual destes à vossa Igreja 
os primeiros benefícios da fé. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

SUA FESTA É CELEBRADA NO DIA 25 DE JANEIRO

São Lourenço


Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III. 


Nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo.
Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: "Ó pai, aonde vais sem o teu filho? 

Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?".

 E o Papa respondeu: "Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!". São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos necessitados. 

Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos... 

Todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo - com bom humor - disse: "Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte".

Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou - no Espírito Santo - força para dizer no auge do sofrimento na grelha: "Vira-me que já estou bem assado deste lado".

Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos.

 Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.


ORAÇÃO


Ó Deus, o vosso diácono Lourenço, inflamado de amor por vós, brilhou pela fidelidade no vosso serviço e pela glória do martírio; concedei-nos amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, Amém.


SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 10 DE AGOSTO

quinta-feira, 28 de julho de 2011

São Pedro apóstolo


São Pedro, que tinha como primeiro nome Simão,  irmão do Apóstolo André, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro.


 Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão.


 O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade.


 Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo.


Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas.


 Simão e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com Tiago e João filhos de Zebedeu.

Segundo o relato no Evangelho de São Lucas, Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão de gente que o queria ouvir.


 Pedro, que estava a lavar redes com São Tiago e João, seus sócios, concedeu-lhe o lugar na barca, que foi afastada um pouco da margem.


No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia.


 O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes.


 Numa atitude de humildade e espanto Pedro prostrou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que é um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornará "pescador de homens".


Pedro foi o primeiro Bispo de Roma sendo por isso o primeiro Papa da Igreja Católica.


ORAÇÃO


São Pedro Apóstolo, vós que nos ensinastes a reconhecer a Divindade de JESUS quando proclamastes: ‘‘TU és o Messias, o FILHO de DEUS Vivo’’. Dai-nos um verdadeiro espírito de Fé e uma aceitação total da Revelação. Ensinai-nos a amar e a viver numa grande caridade. Protegei nossas famílias, santificai nossas almas, dai-nos aquela graça que precisamos em cada momento de nossa vida. Amém.


SUA FESTA É CELEBRADA NO DIA 29 DE JUNHO

terça-feira, 26 de julho de 2011

Santa Luzia


Santa Luzia, virgem e mártir é um dos modelos mais acabados de santidade que surgiu nos primeiros séculos do cristianismo. 

Nasceu em Siracusa, cidade da Sicília (Itália) entre os anos de 280 a 290. De família ilustre, pois seus pais pertenciam a nobreza siciliana.

 Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado.

 Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata.

 A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo. 

Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano.

 Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento.

Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição.

 Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo.

 Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304. 

Diz a antiga tradição oral sobre santa Luzia ser protetora dos olhos, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo.

 A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. 

Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje. 


Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia.

 Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária.

 Seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa.


ORAÇÃO   

Ó, Santa Luzia, que preferistes deixar que os vossos olhos fossem vazados e arrancados antes de negar a fé e conspurcar vossa alma; e Deus, com um milagre extraordinário, vos devolveu outros dois olhos sãos e perfeitos para recompensar vossa virtude e vossa fé, e vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos, eu recorro a vós para que protejais minhas vistas e cureis a doença dos meus olhos. Ó, Santa Luzia, conservai a luz dos meus olhos para que eu possa ver as belezas da criação. Conservai também os olhos de minha alma, a fé, pela qual posso conhecer o meu Deus, compreender os seus ensinamentos, reconhecer o seu amor para comigo e nunca errar o caminho que me conduzirá onde vós, Santa Luzia, vos encontrais, em companhia dos anjos e santuário. Santa Luzia, protegei meus olhos e conservai minha fé. Amém.



SUA FESTA É CELEBRADA NO DIA 13 DE DEZEMBRO

sábado, 14 de maio de 2011

Santa Helena



Flávia Júlia Helena, esse era o seu nome completo. Nasceu em meados do século III, na Bitínia, Ásia Menor.Era descendente de uma família plebéia e tornou-se uma bela jovem, inteligente e bondosa.Trabalhava numa importante hospedaria na sua cidade natal quando conheceu o tribuno Constâncio Cloro. Apaixonados, casaram-se.

Mas quando o imperador Maximiano nomeou-o co-regente, portanto seu sucessor, exigiu que ele abandonasse Helena e se casasse com sua enteada Teodora. Isso era possível porque a lei romana não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus.


O ambicioso Constâncio obedeceu. Entretanto levou consigo para Roma o filho Constantino, que nascera em 274 da união com Helena, que ficou separada do filho por quatorze anos.Com a morte do pai em 306, Constantino mandou buscar a mãe para junto de si na Corte. Ela já se havia convertido e tornado uma cristã fervorosa e piedosa.


O jovem Constantino, auxiliado pela sabedoria de Helena, conseguiu assumir o trono como o legítimo sucessor do pai. Primeiro, tornou-se governador; depois, o supremo e incontestável imperador de Roma, recebendo o nome de Constantino, o Grande.


Para tanto, teve de vencer seu pior adversário, Maxêncio, na histórica batalha travada, em 312, às portas de Roma.Conta a história que, durante a batalha contra Maxêncio, seu exército estava em desvantagem. Influenciado por Helena, que tentava convertê-lo, Constantino teve uma visão.


Apareceu-lhe uma cruz luminosa no céu com os seguintes dizeres: “Com este sinal vencerás”. 
Imediatamente, mandou pintar a cruz em todas as bandeiras e, milagrosamente, venceu a batalha.
Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar, imediatamente, toda e qualquer perseguição contra os cristãos e editou o famoso decreto de Milão, em 313, pelo qual concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu a Helena o honroso título de “Augusta”.


Helena passou a dedicar-se à expansão da evangelização e crescimento do cristianismo em todos os domínios romanos.Às custas do Império, patrocinou a construção de igrejas católicas nos lugares dos templos pagãos, de mosteiros de monges e monjas e ajudou a organizar as obras de assistência aos pobres e doentes. 


Depois, apesar de idosa e cansada, foi em peregrinação para a Palestina, visitar os lugares da Paixão de Cristo.Lá supervisionou a construção das importantes basílicas erguidas nos lugares santos, dentre elas a da Natividade e a do Santo Sepulcro, que existem até hoje.

Conta a tradição que Helena ajudou, em Jerusalém, o bispo Macário a identificar a verdadeira cruz de Jesus, quando as três foram encontradas.Para isso, levaram ao local uma mulher agonizante, que se curou milagrosamente ao tocar aquela que era a verdadeira.


Pressentindo que o fim estava próximo, voltou para junto de seu filho, Constantino, morrendo em seus braços, aos oitenta anos de idade, num ano incerto entre 328 e 330. 
O culto a santa Helena, é um dos mais antigos da Igreja Católica. Algumas de suas relíquias são veneradas na basílica dedicada a ela em Roma.


ORAÇÃO
Ó Deus, que concedestes a Santa Helena, mãe de Constantino, Imperador de Roma, a graça da piedade cristã e das resolutas atividades em prol da verdade histórica da fé, dai-me, a mim também, ser sempre ativo e trabalhador pela causa do Evangelho.
Que Assim Seja.

Sua festa é celebrada no dia 18 de agosto.