sábado, 27 de julho de 2013

Santo Anastácio, o Persa


No ano de 614, o rei da Pérsia chamado Chosroas, invadiu a cidade Jerusalém, e nesta ocasião se apoderou do "lenho santo" e levou-o consigo. 

Deus serviu-se deste fato para operar a salvação de muitos persas. Um deles foi Anastácio, filho de um celebre feiticeiro.

A santa Cruz, de que tanto se falava, excitou-lhe também a curiosidade e o desejo de vê-la. Sem ter a intenção de abraçar a religião de Cristo, nela se instruiu e a admiração crescia-lhe, à medida que se aprofundava nos santos mistérios. 

Depois de algum tempo, se dirigiu a cidade de Hierápolis, hospedando-se em casa de um cristão. Este, no intuito de evangelizá-lo, convidou-o para assistir a diversas reuniões cristãs. 

A vida de Jesus e o testemunho dos santos mártires tocaram-lhe o coração, bem ao vivo, convertendo-se ao cristianismo. 

Após longa preparação recebeu o batismo e entrou para um convento em Jerusalém. Anastácio tinha um zelo tão vivo e ardente, que em pouco tempo, entre os irmãos, era o primeiro em virtude e santidade. 

Tinha por leitura predileta, além da Bíblia, a história dos mártires, tanto assim que lhe ardia um grande desejo de também ser martirizado. Diante do governador, declarou que havia abandonado a magia para ser cristão. 

Diante de tal afirmação Anastácio começou sofrer séria perseguição. Mas continuou firme em sua fé. Anastácio, porém, para tudo só tinha uma resposta "Sou cristão e como cristão quero morrer". 

Da Palestina foi Anastácio, por ordem do imperador, transferido para a Pérsia. Lá o esperava o martírio tão esperado. O rei Chosroas envidou primeiro todos os esforços para afasta-lo da religião cristã. 

Ofereceu-lhe uma alta patente no exército; permitiu-lhe viver como simples monge, contanto que só verbalmente negasse a fé cristã, embora de coração continuasse fiel discípulo de Cristo. "Que mal poderia causar esta negação? Poderia haver nisto uma ofensa a Cristo, se de coração com Ele ficas unido?".

Anastácio declarou que teria horror até da sombra da hipocrisia. De novo lhe foram oferecidas colocações honrosas. A resposta de Anastácio foi a mesma: "A pobreza do meu hábito, disse ao general, fala-te eloqüentemente do desprezo que tenho pelas vaidades do mundo. Honras e riquezas de um rei, que hoje existe e amanhã será pó, não me tentam".

Vendo assim frustradas todas as tentativas, o rei recorreu à tortura. Cada dia era aplicado um novo tormento, experimentada nova provação. Anastácio, porém, preferiu sofrer a negar a fé.

 O dia 22 de janeiro de 628 trouxe-lhe afinal a salvação e a glória. Esgotadas a paciência e crueldade do rei, deu o mesmo ordem de enforcar e decapitar o santo mártir. 

O corpo do santo que tinha sido atirado aos cães, foi por estes respeitado. Foi sepultado por alguns amigos cristãos. As relíquias foram mais tarde transportadas para a cidade de Constantinopla e de lá para Roma. 

Santo Anastácio é padroeiro dos ourives. É invocado também em grandes tentações, e em casos de possessão diabólica, porque pela aplicação das suas relíquias a um médico persa, possesso, este ficou livre da possessão.

ORAÇÃO 

Ó Santo Anastácio, grande amigo de Deus, que na vida preferiste o martírio a ter que renegar a fé, nós te veneramos pelo ardor missionário que testemunhaste na prática do amor e da caridade. 
Vivendo a comunhão dos santos, interceda por nós para que caminhemos ao encontro dos corações sem rumo, para que não nos acomodemos com a indiferença de uma vida sem sentido, mas sim comprometida com a paz, o amor e a justiça.
Como tu, que jamais deixemos de viver a fidelidade a Cristo, mesmo que tenhamos de sacrificar a própria vida. Fortaleça-nos para que sejamos capazes de levar a todos o pão da fraternidade. Proteja nosso povo, nossas famílias, guarda nossos lares e cura nossos doentes. 
Faze-nos irmãos na partilha e no amor, para vivermos com fidelidade a nossa fé. Roga por nós e abençoa-nos em nome da Santíssima Trindade, agora e sempre. Amém!

SUA FESTA É CELEBRADA NO DIA12 DE NOVEMBRO

sábado, 13 de julho de 2013

Santo Onofre


A vida de Santo Onofre só é conhecida pelo que conta um de seus discípulos, São Pafúncio, o qual o encontrou no deserto no Egito.

Onofre viveu no século IV e tornou-se um monge em um monastério perto de Thebas de onde ele saiu para viver uma vida de ermita e contemplação. Por 60 a 70 anos, Onofre viveu só no deserto e usava como vestimenta apenas o seu cabelo e uma espécie de calça feita  de folhas.

Não obstante, ele foi e ainda é um assunto muito popular na arte Medieval.
É muito festejado na Espanha e vários são os milagres a ele atribuídos.

Quando o então Abade Pafúncio estava decidindo o que representaria para ele uma vida de eremita, conheceu no deserto a Onofre que já era um eremita por 70 anos.

Onofre contou a ele que havia sido um monge em um austero monastério em Thebas, mas teve uma vis~~ao chamando-o a imitar São João Batista e assim foi levado a viver a sua  vida de eremita.

Ele lutou por muitos anos contra  tentações as mais terríveis, mas com perseverança conseguiu vencer a todas.

São Pafúncio ficou maravilhado quando a comida milagrosamente apareceu para a refeição da noite (diz a tradição que foi um anjo que trouxe a comida de ambos).
O abade passou a noite com o eremita.

Na manhã seguinte, Onofre disse a Pafúncio que o Senhor havia dito que ele iria morrer em breve e que havia enviado Pafúncio para enterrá-lo.

E, algum tempo depois, Onofre realmente faleceu e São Pafúncio o enterrou em buraco em uma montanha e o lugar imediatamente desapareceu, como para dizer ao abade que seus restos não eram para ficar ali.

A história foi colocada em escritos por São Pafúncio e já era popular no sexto século.
Durante a Idade Média,ele foi muito popular no Leste e Oeste, principalmente na Rússia, onde é venerado juntamente com Saint Peter of Athos.

Na liturgia da Igreja Católica, ele é mostrado como um velho eremita vestido apenas com um longo cabelo e uma folha cobrindo sua cintura.

Alguma vezes ele é mostrado com um anjo trazendo o pão da Eucaristia com uma coroa a seus pés.

Ele é o padroeiro dos tecelões, talvez porque as vezes tecia sua própria peça de roupa com fios de plantas encontradas no deserto.

É protetor dos alcoólatras. Diz a lenda que teria no início de sua vida vencido esse terrível vício, mas nada foi provado nesse sentido.

Não obstante ele é invocado para a cura do alcoolismo. 

ORAÇÃO
Santo Onofre, que vencestes o vício do álcool, através da penitência e da oração, olhai para todas as nossas famílias, que sofrem por causa desta doença. Afastai delas as terríveis consequências deste mal, que têm causado a destruição de muitos lares. Livrai também meus amigos e toda a juventude dos males de. nosso tempo: álcool, drogas, mas companhias, diversões permissivas. Volte a reinar a paz e a alegria, a fim de que alcancemos todos, um dia, o Reino eterno. Amém.

SUA FESTE É CELEBRADA NO DIA 12 DE JUNHO