sábado, 6 de setembro de 2014

Santo Antônio Maria Zacarias


Antonio Maria nasceu na tradicional nobreza italiana em 1502. Era o filho único e foi educado pela mãe na vida cristã. Era conhecido por sua inteligência precoce e, ao mesmo tempo, pela disposição à caridade e humildade.

Ao completar dezoito anos de idade doou toda sua herança para sua mãe e foi estudar filosofia e medicina. Antonio Maria usava todo seu tempo para estudar e meditar. Ao invés se vestir como fidalgo, preferia as roupas simples e comportava-se com humildade.

Depois de formado, exerceu a medicina junto ao povo, cuidando principalmente dos que não tinham recursos. Conta a tradição que, além de curar os males do corpo, ele confortava as tristezas da alma de seus pobres pacientes. Finalmente, em 1528, Antonio Maria ordenou-se sacerdote.

Fundou a congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, cujos membros ficaram conhecidos como "barnabitas", pois a primeira casa da ordem foi erguida ao lado à igreja de São Barnabé, em Milão. Fundou também a congregação feminina das Angélicas de São Paulo e criou o Grupo de Casais, para os leigos.

Não tinha ainda completado os trinta e sete anos de idade quando foi acometido por uma infecção. Sendo médico, ele sabia que a morte se aproximava, voltou então para os braços da dedicada mãe Antonieta. Ele morreu sob o teto da mesma casa onde nasceu em 05 de julho de 1539.

Reflexão: Ele é um santo de carne e osso, viveu em seu tempo o drama e as preocupações dos homens de hoje. Era rico de família nobre, mas escolheu a pobreza e as vestes da penitência para servir melhor a Cristo e seus irmãos. 

Fez-se santo porque encontrou-se com Cristo. Ele exortava a todos para irem às ruas, às praças, como fazia Jesus, para levar o pão da verdade a este povo que tem fome de Deus. 

Dizia: "Deus deu ao homem uma capacidade intelectual que não tem fim e que nem pode acabar neste mundo; deu-lhe um desejo, que também não se acaba, de saborear Deus e de experimentar a sua perfeição; deu-lhe uma insatisfação permanente em relação às coisas deste mundo e um desejo contínuo das coisas do céu" (Sermão 6).

Oração

Santo Antonio Maria, que desde menino tivestes imensa compaixão pelos pobres, inspirai nossas decisões para que escolhamos governantes cristãos e justos para defendê-los nesta vida. Visitai nossos seminários e seminaristas e ajudai-os a crescer em santidade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Sua festa é comemorada no dia 05 de julho

Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal


Isabel nasceu na Espanha em 1271. Foi criada pelo avô e recebeu uma formação perfeita e digna no seguimento de Cristo. 

Tinha apenas doze anos quando foi pedida em casamento. Seu pai escolheu o herdeiro do trono de Portugal, Dom Dinis.

Isabel é tida como uma das rainhas mais belas da corte espanhola e portuguesa, além disto possuía uma forte e doce personalidade. 

Era muito inteligente, culta e diplomata. Ela gerou dois filhos com o rei: Constância e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. 

Mas eram incontáveis as aventuras extraconjugais do rei, tão conhecidas e comentadas, que humilhavam profundamente a bondosa rainha, perante o mundo inteiro.

Criou os filhos, inclusive os do rei fora do casamento, dentro dos preceitos cristãos. Isabel foi vítima das desavenças políticas, foi caluniada e humilhada por um cortesão. 

Mesmo assim ocupava o seu tempo ajudando a amenizar a desgraças do povo pobre e as dores dos enfermos abandonados, com a caridade da sua esmola e sua piedade cristã.

Isabel fundou vários mosteiros e obras sociais. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes, tratando pessoalmente dos leprosos. Sem dúvida foi um perfeito símbolo de paz, do seu tempo.

Quando o marido morreu, Isabel se recolheu no mosteiro das clarissas de Coimbra. Abdicou de seu título de nobreza, indo depositar a coroa real no altar de São Tiago de Compostela. 

Doou toda a sua imensa fortuna pessoal para as suas obras de caridade. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, na oração, piedade e mortificação, atendendo os pobres e doentes, marginalizados.

A rainha Isabel de Portugal morreu no dia 04 de julho de 1336. Foi declarada padroeira dos portugueses como "a rainha santa da concórdia e da paz".

Reflexão: Isabel de Portugal é a figura da mulher que encontrou em Deus as forças necessárias para vencer os desafios da vida. Sua fortaleza e constância eram marcas registradas de sua vida. 

Mas as dificuladades da vida nunca a impediram de dedicar tempo a caridade e ao cuidado com os mais pobres. Neles, Isabel via a figura do próprio Cristo. Sejamos nós também constantes na fé e solícitos ao trabalho com os mais abandonados.

Oração

Guardai-nos, Senhor, sob a vossa proteção e pela intercessão de Santa Isabel fazei-nos verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, vosso Filho e senhor Nosso. Amém.

Sua festa é comemorada no dia 04 de julho

Santa Rosália


Rosália nasceu no ano 1125, filha de um rico senhor e vivia numa corte muito importante da época. Durante a adolescência foi ser dama da corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília. 

Porém, nada disso a atraía ou estimulava. Sabia que sua vocação era servir a Deus e ansiava pela vida monástica.

Aos catorze anos, levando consigo apenas um crucifixo, abandonou de vez a corte e se refugiou solitária numa caverna. 

Ficava próximo do convento dos beneditinos que possuía uma pequena igreja anexa. Assim mesmo vivendo isolada, podia participar as funções litúrgicas e receber orientação espiritual.

Os beneditinos puderam acompanhar e testemunhar com seus registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em oração, solidão e penitência. 

Muitos habitantes do povoado subiam o Monte, atraídos pela fama de santidade da ermitã.

Vários milagres foram atribuídos a intercessão de Santa Rosália, como a extinção da peste que no século XII devastava a Sicília. 

No dia 04 de setembro de 1160, Rosália morreu, na sua gruta de Monte Pellegrino em Palermo. O seu culto se difundiu enormemente entre os fiéis que invocavam como padroeira de Palermo

Reflexão: Deus realmente nos fala no silêncio. A vida de santa Rosália nos confirma que a solidão pode ser uma forma privilegiada de encontrar-se com Deus. 

Num mundo marcado pelo movimento e pelo barulho constante, fica-nos o desafio de encontrar momentos de silêncio para a contemplação do Mistério de Deus.

Oração

Senhor Pai de amor, pela intercessão de santa Rosália, que despojastes de todas as vaidades vãs deste mundo para vos dedicar inteiramente a uma vida de penitência e orações, dai-me o espírito da piedade, oração constante e que nos momentos de solidão e provações possa eu portar-me dignamente para poder um dia merecer os momentos felizes e eternos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém

Sua festa é comemorada no dia 04 de setembro

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Santa Paula


Nasceu no ano de 347 em Roma. Nobre romana casada com o senador Toxitius. Mãe de  Santa Eustóchia e Santa Blaesilla. 

Ficou viúva com 32 anos. Amiga, discípula e estudante espiritual de São Jerônimo o qual escreveu a sua  biografia. Muito amiga e conselheira de Santa Marcella. Fez peregrinações a Terra Santa e lá veio a falecer. 

Morreu em 404 em Belém e foi enterrada na Igreja da Natividade. É padroeira de Nazaré e das viúvas.  Mais detalhes sobre santa Paula de Roma: Nascida em Roma em 5 de maio de 347 e morreu em Belém Palestina no dia 26 de janeiro de 404. 

Esta nobre senhora viveu a mensagem de Cristo e demonstrou grande amor e sua história é preservada nas epístolas de São Jerônimo e sua Eulogia a ela (Epístola 108). 

Paula nasceu em uma família nobre. Ela era descendente dos Scipios e dos Gracchi. Quando tinha 15 anos Paula casou-se com o senador Toxotius com o qual teve um filho e quatro filhas. 

Embora tenha sido um casamento arranjado pelos pais (muito comum na época) foi um casamento muito feliz. Paula e Toxotius se amavam e tinham uma vida bastante harmoniosa e socialmente ativa. Entretanto Paula percebeu que a felicidade terrena é efêmera e aprendeu esta lição com 32 aos quando ficou viúva.

Ela ficou inconsolável com sua perda. Ela tentou se confortar com seus filhos (Blaesilla, Paulina, Estochium, Rufina e Toxotius).

Certa vez em conversa com sua amiga Santa Marcella  resolveram a se devotarem a Deus. Paula vendeu todos os seus tesouros e construiu uma casa para ela e suas amigas se reunirem para aprenderem e estudarem as Escrituras Sagradas e os Evangelhos. 

Ela construiu um hospital e uma outra casa tipo convento onde havia uma capela para orarem e assistirem a santa Missa diariamente. Paula passou a usar roupas bem simples e a dormir no chão  sobre um saco e a praticar uma severa austeridade. Recebeu e hospedou São Epiphanius e São Paulinus da Antióquia quando eles visitaram Roma. 

Quando São Jerônimo chegou a Roma ela e Marcella insistiram para que ele ensinasse a elas o Hebreu para poderem ler algumas das Escrituras que só existiam em hebraico. 

Em breve ela havia fundado uma comunidade cristã com regras severas a serem respeitadas e fundou ainda um mosteiro para mulheres perto do Monastério de São Jerônimo, para monges. 

Construiu também outro hospital para pobres, um convento e algumas igrejas. Ela foi em peregrinação a Belém na Palestina e continuou até o Egito para visitar os monges do deserto e os eremitas de lá.

Ao retornar ficou ainda mais impressionada com o local onde Jesus havia nascido e fez um lindo hino a Belém onde ela cantava a “casa do Pão da vida, porque aqui nasceu o Pão vivo sem o qual não iremos para ao céu”. 

Alguns estudiosos creditam a ela o início de uma especial devoção ao Sacramento da Eucaristia. Ela aprendeu a ler os salmos em sua língua original e com o seu conhecimento do grego (aprendido com seu pai), ajudou a São Jerônimo nas suas traduções das Escrituras para o Latim e por vezes chamava atenção do santo para que se interessasse nas disputas sobre Origens. 

São Jerônimo  aplaudia a eficiência de Paula, mas  também a alertava com relação as suas mortificações excessivas e quando ela passou a dar muitos presentes aos necessitados, advertiu-a que isto poderia colocar suas casas em dificuldades (com aconteceu). 

Na cidade de Belém ela construiu um grande hospital, um monastério, um convento, uma igreja e com isso ficou sem um centavo com  a idade 56 anos. Ela ficou sendo cuidada pela sua neta. Ao morrer de morte natural, foi enterrada perto do local onde Jesus nasceu embaixo da Igreja da Natividade. 

Seu biógrafo foi o não menos famoso São Jerônimo que recusou a ser indicado papa, para cuidar dos vários mosteiros, conventos e hospitais que ele e Santa Paula haviam fundado e no final todos estavam bem administrados e funcionando da forma que ela havia desejado. 

Parte dessa decisão, teria sido porque São Jerônimo testemunhou várias curas milagrosas, na tumba de Santa Paula creditadas a sua intercessão.Sua festa é celebrada no dia  26 de janeiro.

Oração

Ó Santa Paula, alma generosa, que como um campo abençoado por Deus, em cada etapa da vossa vida produzistes flores e frutos de virtudes fecundas pelo sol da divina vontade, sempre aceita com alegre submissão, obtende a nós também de cumprir esta santíssima vontade, sempre boa, apesar de oferecer o âmago pão do sofrimento. Ó bendita mãe, devota confiante da família nazarena, que viveste na intimidade daquela santíssima casa, contemplando-lhe as belezas e imitando-lhes as virtudes, fazei que Jesus, Maria e José nos sejam propícios, que nos guardem e nos protejam, durante a vida e na hora da morte, e nos conduza convosco à Bem aventurada pátria do Céu. Amém.

Santa Paula, rogai por nós. 

Sua festa é comemorada no dia 26 de janeiro

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Santa Eulália – Mártir e Virgem Espanhola



Eulália, nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. Cobriam a menina Eulália com todo amor, carinho e mimos, quase sufocando a pequena que já na tenra idade resplandecia em caráter. 

Humilde, sábia, prudente e muito inteligente era a caridade em pessoa. Dedicava um extremo amor à Jesus Cristo, para o qual despendia muitas horas do dia em virtuosas orações. Costumava ficar no seu modesto quarto, reunida com suas amiguinhas, entoando cânticos e hinos de louvor ao Senhor, depois saíam para distribuir seus melhores pertences às crianças pobres das imediações, que sempre batiam à sua porta. 

Entrou para a adolescência, aos treze anos, no mesmo período em que chegava à Barcelona a notícia da volta à terrível perseguição contra os cristãos, decretada para todos os domínios do Império. Quando os sanguinários dos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano souberam da rápida e veloz propagação da fé cristã, nas longínquas terras espanholas, onde até então era rara esta fé, decidiram e mandaram o mais cruel e feroz de seus juízes, chamado Daciano, para acabar com aquela "superstição". 

Temendo pela vida de Eulália, seus pais decidiram levá-la para uma outra propriedade mais afastada, onde poderia ficar longe dos soldados que andavam pelas ruas caçando os cristãos denunciados.

Eulália considerou covardia fugir do poder que exterminava os irmãos cristãos. Assim, altas horas da noite e sem que sua família soubesse, fugiu e se apresentou espontaneamente ao temido juiz, como cristã. Consta inclusive que teria dito: "Querem cristãos? Eis uma". 

Como queria, na impetuosidade da adolescência, foi levada a julgamento. Ordenaram novamente que ela adorasse um deus pagão, dando-lhe sal e incenso, para que depositasse ao pé do altar. Eulália, ao invés, derrubou a estátua do deus pagão, espalhando para longe os grãos de incenso e sal. A sua recusa a oferecer os sacrifícios deixou furioso Daciano, que mandou chicoteá-la até que seu corpo todo ficasse em chagas e sangrando. Depois foi queimada viva com as tochas dos carrascos. Era 12 de fevereiro de 304.

Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria das Arenas, mais tarde destruída durante um incêndio. Mas suas relíquias se mantiveram intactas e foram ocultadas durante a dominação dos árabes muçulmanos, quando o culto cristão era proibido. 

O culto à Santa Eulália foi mantido principalmente em Barcelona onde é muito antigo. De lá, acabou se estendendo por toda Espanha atravessando as fronteiras, para além da França, Itália, África enfim atingiu todo o mundo cristão, oriental e ocidental. Ela costuma ser festejada na diocese de Mérida em 10 de dezembro, cidade de seu martírio. Santa Eulália é co-padroeira da cidade de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês.

Oração

(Sinal da Cruz) Em Nome do Pai, do Filho e do Divino Espírito Santo. Concedei-nos Senhor, a vossa protecção e... (Graça do Dia), pelos méritos da doce, da formosa, da preciosa Santa Eulália, Virgem e Mártir, e fazei com que seja sempre defendida pela sua gloriosa intercessão a Ordem que a celebra como Padroeira e Defensora. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Pai Nosso, Avé-Maria, Glória
Santa Eulália rogai por nós, que recorremos a vós.

Sua festa é comemorada no dia 12 de fevereiro