sexta-feira, 28 de outubro de 2011

São Bernardo do Claraval





São Bernardo de Claraval, ou de Fontaine, foi um abade de Claraval, santo e Doutor da Igreja. 
Nasceu em 1090 em Fontaine-lès-Dijon e faleceu em 20 de Agosto de 1153, na abadia de Claraval.
Foi um monge cisterciense e grande propagador da Ordem e defensor da Igreja. 
Uma das personalidades mais influentes do século XII.
Nascido numa grande família nobre da Borgonha, no castelo de Fontaine-lès-Dijon, Bernardo foi o terceiro de sete filhos de Tescelin o Vermelho (Tescelin Sorrel) e de Aleth de Montbard.
Com a idade de nove anos, é enviado para uma Escola Canônica , onde mostra um gosto particular pela literatura.
Em 1112, decide entrar na Abadia de Cister. Convence vários amigos, irmãos e parentes a ingressarem com ele na vida monástica e chega assim com outros 30 candidatos para entrar na Abadia.
Em 1115, é enviado à frente de um grupo de monges para fundar uma nova casa cisterciense no vale de Langres, em Ville-sous-la-Ferté. 
A fundação é chamada de Claraval e Bernardo é nomeado  Abade desta nova Abadia.
A disciplina imposta por São Bernardo é bastante severa. Bernardo busca formação nas Sagradas Escrituras e nos Padres da Igreja. 
Ele tem uma predileção quase exclusiva pelo Cântico dos Cânticos e por Santo Agostinho. 
Muitas pessoas afluem à nova abadia e Bernardo acaba de converter toda sua família: seu pai, e seus cinco irmãos tornam-se monges em Claraval. 
Para evitar a superlotação nesta Abadia, novas casas são fundadas. A partir de 1118, Bernardo escreve suas primeiras obras, tratados e homilias .
Escreve também uma Apologia que defende os beneditinos brancos. (os cistercienses segundo a cor de seu hábito) contra os beneditinos negros (clunisienses). 
Pedro, o Venerável, abade de Cluny, lhe responde amigavelmente, e apesar de suas diferenças ideológicas, os dois homens tornam-se amigos. 
Ele envia igualmente numerosas cartas para incentivar à reforma o resto do clero, em particular os bispos. 
Em 1128, Bernardo participa do concílio de Troyes, convocado pelo papa Honório II e pelo seu legado, Bernardo é nomeado secretário do concílio.
É contestado por uma parte do clero, que pensa que por ser monge, que se intromete em coisas que não são lhe concernem. 
É durante este concílio que Bernardo consegue o reconhecimento para a Ordem do Templo, os Templários, cujos estatutos são escritos por ele mesmo.
Torna-se uma personalidade importante e respeitada na Cristandade; ele intervém em assuntos públicos, defende os direitos da Igreja contra os príncipes seculares e aconselha papas e reis.
Em 1130, depois da morte de Honório II, é a sua voz que faz com que Inocêncio II seja aceito.
Em 1132, ele consegue do papa a independência de Claraval em relação a Cluny.
Em 1145, Claraval dá um papa à Igreja, Eugênio III. 
Quando o reino de Jerusalém é ameaçado, Eugênio III, ele mesmo um cisterciense, pede a Bernardo que pregue a segunda cruzada.1146.
Ele o faz com tanto sucesso que o rei Luís VII o Jovem e o imperador Conrado III tomam eles mesmos a cruz. 
Em 1148, no concílio de Reims, ele faz uma acusação de heresia contra Gilbert de la Porreé, bispo de Poitiers. Não obtém grande sucesso e seu adversário conserva sua posição e prestígio. 
Cheio de zelo pela Ortodoxia, combate também as teses e condena os excessos de Raul, um antigo monge de Claraval, que exige o massacre dos Judeus.
São Bernardo fundou 72 mosteiros, espalhados por toda Europa: 35 na França, 14 na Espanha, 10 na Inglaterra e Irlanda, 6 em Flandres, 4 na Itália, 4 na Dinamarca, 2 na Suécia e 1 na Hungria, além de muitos outros que se filiaram à Ordem.
Em 1151, dois anos antes de sua morte, existem 500 abadias cistercienses. Havia 700 monges ligados a Claraval.Bernardo morre em 1153 com 63 anos.
Foi canonizado em 18 de junho de 1174 por Alexandre III e declarado Doutor da Igreja por Pio VIII em 1830.

ORAÇÃO DE SÃO BERNARDO À VIRGEM MARIA

Lembrai-Vos, Oh! puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado.
Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e gemendo sob o peso de meus pecados me prostro a vossos pés.
Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém.

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 20 DE AGOSTO

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Santa Brígida da Irlanda





Santa Brígida (453 - 524) era uma cristã irlandêsa, freira, abadessa, e fundadora de diversos conventos, que é venerado como santa. Ela é considerada uma das santas padroeiras da Irlanda, juntamente com São Patrício e São Columba. 
Tal como acontece com muitos santos antigos a biografia de Brígida tem sido dificultada pela passagem do tempo. 
Muita mudança ocorreu dentro do corpo de informação que agora existe. 
Segundo a tradição, ela nasceu em Faughart, Irlanda. 
Seus pais eram Dubhthach, um pagão de Leinster, e Brocca, uma cristã de Pictos que havia sido batizada por São Patrício.
Brígida recebeu o mesmo nome de uma das mais poderosas deusas da religião pagã, que o seu pai Dubhthach praticava; Brígida era a deusa do fogo, cujas manifestações foram música, artesanato, e poesia, que os irlandeses consideravam a chama do conhecimento.
Ela foi convertida como cristã ou 468,mas ela foi inspirada pela pregação de São Patrício desde a mais tenra idade. 
Apesar da oposição do seu pai, ela era determinada a entrar na vida religiosa. Várias testemunhos atestam a sua grande piedade.
Ela tinha um coração generoso e nunca poderia recusar nada a um pobre, que vinha para a porta do pai.
Sua caridade irritava seu pai: ele pensava que ela estava a ser demasiadamente generosa para os pobres e necessitados, quando ela distribuia seu leite e farinha para todos. 
Quando ela finalmente deu sua jóia a um leproso, Dubhthach percebeu que talvez, fosse o mais adequado para sua filha a vida de uma freira. 
Brígida finalmente obteve o seu desejo ela foi enviada para um convento.Brigid recebeu o véu de Santo Mel e professou votos a dedicar sua vida a Cristo. 
A partir deste ponto surgiram histórias e lendas sobre Brigid. Ela é creditada por ter fundado um convento em Clara,no Condado de Offaly sua primeira fundaçâo. 
Mas era para ser em Kildare que o seu principal alicerce iria surgir. 
Cerca de 470 ela fundou a Abadia Kildare, uma duplo mosteiro, com freiras e monges. Brigid era famosa por seu senso comum e acima de tudo pela sua santidade: na sua vida, ela era considerada como uma santa.
A Abadia de Kildare tornou-se uma dos mais prestigiados mosteiros da Irlanda, famoso em toda a Europa cristã.
Ela morreu em Kildare em torno de 525 e foi enterrada em um túmulo na igreja de sua abadia . 
Depois de algum tempo ela foi transporta para Downpatrick com os restos dos outros dois santos padroeiros da Irlanda, Patricio e Columba. 
Seu crânio foi extraído e levado à Igreja de São João Batista de Lisboa, Portugal, por três irlandeses nobres, onde permanece ate hoje. 
Há uma ampla devoção a ela na Irlanda, onde ela é conhecida como a "Maria do Gael" e seu culto foi trazido para a Europa pelos missionários irlandeses, nos séculos depois da sua morte. 
Na Bélgica, existe uma capela dedicada a Santa Brígida em Fosses-la-Ville.

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 01 DE FEVEREIRO

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Santa Brígida da Suécia





Brígida Birgersdotter nasceu no ano de 1303, em Uplândia, Suécia. 
Foi uma religiosa sueca, escritora, teóloga, fundadora de ordem religiosa, padroeira da Suécia e copadroeira da Europa. 
Seu pai Birger Persson  era o governador da Uplândia. 
Brígida ficou orfã de mãe quando tinha cerca de 10 anos de idade. Por volta de 13 anos, foi dada em matrimônio contra sua vontade a Ulf Gudmarsson, com o qual tecve 8 filhos, entre eles Santa Catarina de Vadstena.
Desde criança Brígida tinha visões. Uma vez viu a Virgem Maria colocar em sua cabeça uma coroa. 
Em outra ocasião, viu diante dela Jesus Cristo torturado e morto na cruz. Uma pregação sobre a Paixão de Cristo comoveu profundamente o coração da menina Brígida de nove anos de idade. 
Ela passou uma noite ajoelhada e chorando, tremendo de frio diante de um crucifixo. 
A voz do Crucificado falou para ela: "Veja como fui maltratado!". Assutada, ela clamou: "Senhor, quem te fiz isso?". Cristo repondeu-lhe: "Fizeram aqueles que rejeitaram a Mim e o meu Amor".
A profunda devoção a Maria e as meditações sobre o sofrimento de Cristo marcariam toda a vida de Santa Brígida.
A devoção de Brígida também influenciou seu marido. 
Entre outras viagens, o casal realizou peregrinações a Nídaros (atual Trondheim) e a Santiago de Compostela. 
Esta última seu pai já a tinha igualmente realizado. 
A caminho da Espanha, na cidade francesa de Arras, Ulf adoeceu. 
Quando se temia o pior, o santo francês São Dionisio apareceu ante Brígida e lhe prometeu que seu marido não morreria nessa ocasião. 
De volta a Suécia, Brígida e o marido se estabeleceram junto ao convento de Alvastra, onde Ulf faleceu em 1344, aproximadamente.
Após a morte de Ulf, Brígida repartiu seus bens entre os herdeiros e os pobres, passando a viver de maneira simples nas imediações do convento de Alvastra. 
Nessa época, suas visões se tornaram mais numerosas, formando a maior parte das aparições que Brígida vivenciou até sua partida para Roma.
Foi durante elas que Brígida recebeu a missão de levar mensagens a políticos e líderes religiosos, assim como teve diálogos com santos e mortos.
Brígida viajou a Roma no ano de 1349 com o propósito de tomar parte na celebração do jubileu de 1350, e para obter permissão do papa para fundar uma nova ordem religiosa. 
Entretanto, na ocasião o papa residia em Avignon e, além disso, a Igreja havia proibido o estabelecimento de mais ordens. 
A ausência do papa desanimou Brígida, que havia tido uma visão na qual encontraria o papa e o Imperador quando chegasse a Roma.
Chegando em Roma, Brígida se assustou muito. Rebanhos de cabras apascentavam dentro e fora da Basílica de São Pedro, o papa residia em Avinhão. 
Nas ruas de Romas as famílias Orsini e Colonna estavam em guerra, e os peregrinos viviam em perigo constantemente. 
Brígida sofreu muito com aquilo que viu. Ela vivia a regra de sua futura fundação. Visitava, diariamente o túmulo dos apóstolos e mártires. 
Em Roma, residiu primeiramente ao redor da basílica de São Lorenço. 
Foi testemunha do decaimento espiritual da cidade após a partida do papa. 
Durante sua estadia na cidade, escreveu cartas ao papa, onde lhe suplicava que regressasse a Roma, e se dedicou a visitar as igrejas que continham tumbas de santos. Nas igrejas de São Lourenço de Panisperna, na colina de Viminale, pediu aos transeuntes esmolas para os necessitados. 
Também aproveitou para viajar em peregrinação ao santuários de Assis, à Nápoles e ao sul da Itália.
Uma peste matou a metade da população da Itália. Brígida se preocupou com os doentes, visitou muitos deles, levou-os aos hospitais, e neste tarefa realizou obras milagrosas.
Em 1368, o papa Urbano V regressou a Roma e, em 21 de outubro recebeu o Imperador Carlos IV. 
Então, Brígida pôde entregar as regras de sua ordem ao papa, que se encarregaria de examiná-las. 
As regras foram aceitas com várias revisões e grandes mudanças com as quais Brígida provavelmente não concordava. 
Além disso, o papa tomou a decisão de deixar novamente a Itália por motivos de segurança, situação com a qual Brígida também não estava de acordo. 
Ela profetizou que o papa receberia um forte golpe de Deus e, após dois meses do regresso a Avignon, Urbano faleceu.
Em 1371, quando tinha aproximadamente 68 anos, Brígida realizou uma viagem à Terra Santa, com um itinerário que passaria por Nápoles e Chipre. 
Em Nápoles, faleceu seu filho Carlos Ulvsson, o que lhe acarretou grandes preocupações. Brígida teve, então, outra aparição, que lhe garantiram o perdão divino a seu filho e agradeceram às orações e lágrimas de sua mãe. 
Quando voltou à Roma, no verão de 1373, uma enfermidade à debilitou, e Brígida faleceu no que é hoje a praça Farnese. 
De acordo com sua própria vontade, seus restos mortais foram transladados para a Suécia, especificamente para o convento de Vadstena, após haverem sido enterrados na igreja romana de São Lourenço em Panisperna. 
Em 1377, por ordem do bispo Alfonso Pecha de Vadaterra, amigo e confessor de Brígida, foi à luz a primeira edição de suas Aparições celestiais. 
Em 1378, foi ao fim outra aprovação sobre as regras da ordem religiosa de Brígida, e em 1384 se consagrou o convento de Vadstena.
O processo de canonização de Brígida começou em 1377 e terminou em 1391. Em 1999, santa Brígida foi elevada, junto com santa Catalina de Siena e santa Teresa Benedita da Cruz, à copatrona da Europa.
A ordem de Santa Brígida perdura até nossos dias, sob o nome de Ordem do Santo Salvador (Ordo Sancti Salvatoris), chamada comumente de Ordem Brigidina. 
Os restos de santa Brígida se encontram no convento de Vadstena. 
O edifício onde a santa viveu em Roma, a Casa de Santa Brigida, contem um templo, um convento, e um albergue.

Sua festa é comemorada no dia 23 de julho

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

São Bento





Bento nasceu em Núrcia, não muito longe de Roma, em 480, seus pais de nobre linhagem, o enviaram para Cidade Eterna, a fim de que se formasse nas ciências liberais, visando uma boa colocação na magistratura. 

O Império Romano estava esfacelando-se frente à pressão dos invasores bárbaros.O último imperador Rômulo Augístulo entregou o comando da Itália a Odoacro,rei dos hérulos, em 476. 

O ambiente romano era leviano e frívolo demais para o jovem estudante Bento que, aspirando a idéias superiores, acabou se desgostando.

Retirou-se às montanha da Úmbria e, imitando o exemplo de outros eremitas, escolheu uma gruta quase inacessível num penhasco chamado Subiaco, afim de entregar-se à oração, à meditação e à ascese cristã. 

Outro eremita, de vez em quando lhe fazia descer num cesto um pouco de pão para completar a pouca alimentação.

Não existiam ainda, na Itália, instituições monásticas, ao contrário do Oriente, onde, onde já havia uma tradição a respeito. 

Os mosteiros fundados por Santo Honorato e Santo Cassiano um século antes na França eram pouco conhecidos na Itália.

Bento sentiu-se inspirado em fazer a sua experiência eremítica e monástica. Ficou três anos na solidão daquela gruta; sua experiência aos poucos, contagiou outros jovens desejosos de cultivar os valores espirituais. 

Entre os primeiros discípulos, contam-se São Mauro e São Plácido. A experiência  de São Bento foi amadurecendo com o estudo das Regras monásticas de São Pacômio e de São Basílio, procurando assimilar o que havia de melhor e adaptando-o ao espírito romano. 

Aos 40 anos de idade, não encontrando mais condições de sossego, por interferências estranhas, Bento deixa Subiaco, ruma para o sul de Roma e constrói o famoso mosteiro de Monte Cassino, considerado o centro propulsor da vida beneditina em todos os tempos.


No cume de um monte, este mosteiro devia realizar o ideal de vida consagrada: não em cenóbios em que o monge vive sozinho, exposto a perigos e ilusões de fixismo religioso, mas em vida comunitária sob a direção de um mestre espiritual, o abade (abbas=pai) num mosteiro auto suficiente.

A expansão que alcançou esta iniciativa monástica foi impressionante. Duzentos anos mais tarde, a Regra Beneditina vigorava em toda a Europa eliminando praticamente todas as demais formas de vida consagrada.

Este sucesso não foi casual, mas inerente ao equilíbrio e sensatez da Regra. Pois o fim da Regra de São Bento era formar cristãos perfeitos, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo , mediante a prática dos mandamentos e conselhos evangélicos.

Essa perfeição, pensava o santo, era mais fácil de ser atingida na vida comunitária do que na solidão. Neste sentido, a Regra de São Bento marca um claro progresso em relação à regra individual, eremítica ou cenobítica.

Outro precioso fator era o equilíbrio e a moderação. A Regra devia ser possível a todos e adaptável à capacidade de cada um, de modo que os fortes, possam desejar mais e os fracos não se sintam desencorajados. 

Nela há uma dosagem equilibrada de entre trabalho manual e o tempo de repouso, de oração e estudo. ORA ET LABORA, "oração e trabalho", era seu lema: oração transformada em trabalho e trabalho em oração, pela fé e obediência. 

O convívio fraterno completa o equilíbrio psicológico. Os mosteiros beneditinos se tornaram na Idade Média  centros de civilização integral, faróis de evangelização e ciência, escolas de agricultura. 

Deram à Igreja  inúmeros homens de grande ciência e santidade. Das fileiras beneditinas sairam 23 papas, cinco mil bispos e os santos canonizados são cerca de três mil.

A poucos quilômetros de Monte Cassino, Santa Escolástica, irmã de São Bento, adotou a Regra para as mulheres, dando origem às monjas beneditinas.

São Bento faleceu em Monte Cassino em 547 no dia 21 de março, com 67 anos de idade. Sua figura histórica agigantou-se cada vez mais, encontrando rápida ressonância na literatura, na arte e sobretudo na vida religiosa consagrada. 

ORAÇÃO
(pedidos de proteção contra o inimigo)

A Cruz sagrada seja minha Luz, Não seja o Dragão meu guia
Retira-te Satanás, Nunca me aconselhes coisas vãs
É mal o que tu me ofereces, Bebe tu mesmo do teu veneno
Rogai por nós bem aventurado São Bento
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Em Latim
Crux Sacra Sit Mihi Lux, Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Sátana, Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas, Ipse Venena Bibas

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 11 DE JULHO

Santa Juliana de Cornillon





Também conhecida como Santa Juliana de Liege.

Na cidade de Liége, na Bélgica, numa das casas de uma aldeia chamada Retinne, nasceu em 1193 a pequena Juliana.

Ficando órfã aos cinco anos de idade, junto com sua irmã Agnes foram confiadas aos cuidados das irmãs agostinianas em Monte Cornillon.

Ali receberam uma boa educação e aprenderam a viver piedosamente, adaptando-se ao estilo de vida das religiosas.

Assim, com apenas 14 anos de idade ingressou definitivamente na comunidade das irmãs agostinianas.

O amor e a devoção da Irmã Juliana de Cornillon ao Santíssimo Sacramento sempre chamou a atenção por seu grau elevadíssimo.

Era Deus que já ia preparando-lhe o coração para que servisse de instrumento na grande missão de difundir o valor da Sagrada Eucaristia.

Num dia qualquer de 1208, irmã Juliana encontrava-se em oração quando teve a visão de um astro semelhante à lua cheia brilhante, mas com uma pequena incisão preta.

Temendo ser vítima de uma ilusão maligna, suplicou a Deus que lhe esclarecesse as visões, que passaram a se repetir diariamente.

Só depois de dois anos é que Nosso Senhor revelou o significado daqueles sonhos, dizendo-lhe: "A lua representa a Igreja e suas festas.

E a incisão negra significa a falta da solenidade cuja instituição eu desejo, para despertar a fé dos povos e para o bem espiritual dos meus eleitos.

Quero que uma festa especial seja estabelecida em honra ao Sacramento do Meu Corpo e do Meu Sangue".

No momento que julgou apropriado, irmã Juliana contou às autoridades religiosas a missão que havia recebido.

Falou com dom Roberto de Thorote (então bispo de Liége), ao doutor Dominico Hugh e ao bispo dominicano dom Jacques de Pantaleón de Troyes, que mais tarde seria eleito Papa, chamando-se Urbano IV.

Dom Roberto convocou um sínodo em 1246 e disse aos seus padres, religiosos e leigos que a festa de Corpus Christi passaria a ser celebrada.

Porém o bispo faleceu naquele mesmo ano e não viu seu desejo realizado. Muitos dos que se haviam oposto à celebração da festa ficaram aliviados, pois achavam que irmã Juliana tinha imaginação excessiva.

A religiosa passou a ser perseguida por causa de sua missão, sendo inclusive transferida por certo tempo para um lugar chamado Namur.

Apesar disso, em 1247 o Cardeal Cher, religioso dominicano, decidiu instituir a solenidade de Corpus Christi em toda a sua Diocese.

Foi ele mesmo quem conduziu o Santíssimo Sacramento na primeira procissão eucarística na Igreja de San Martin, em Liége.

Depois de anos de perseguição e sofrimento, a irmã Juliana viu sua missão concretizar-se.

Mas não conseguiu ver a festa em honra ao Santíssimo Sacramento ser estendida a toda a Igreja, pois veio a falecer em 5 de abril de 1258.

Em 1264 o Papa Urbano IV, que anos antes ouviu pessoalmente os relatos de irmã Juliana, determinou que a solenidade de Corpus Christi fosse celebrada pela Igreja em todo o mundo.

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 6 DE ABRIL

Santa Juliana de Falconieri




Fundou a Congregação Servas de Maria

Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima disnatia dos Falconieri. 

De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. 

Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. 

Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais.

Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. 
Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de “Mantellate”, numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. 

Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. 

Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

Poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu  ao Padre Tiago de Campo Regio que lhe trouxesse ao menos o cibório em sua cela; ela se estendeu ao chão, e com os braços em cruz, quis que um corporal fosse estendido sobre o seu peito e que a santa hóstia fosse aí depositada; tão logo foi depositada, desapareceu misteriosamente, e Juliana morreu dizendo: “Meu doce Jesus” era o dia 19 de junho de 1341.

Quando foi feito a toalete fúnebre, encontrou-se sobre o coração da santa, a marca da hóstia como um selo, tendo a imagem de Jesus crucificado. O Senhor que ela tanto desejou receber, escutou-a para além de toda esperança.

As “Mantellate”, trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia, em memória desse milagre. 

Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII.

ORAÇÃO

Ó Deus, por meio de Santa Juliana, exemplo de castidade e de penitência, suscitastes na Ordem dos Servos de Maria uma família de virgens a vós consagradas; fazei que a vossa Igreja, movida pelo amor do Esposo, mantenha sempre viva a chama da virgindade fecunda. Por Cristo, nosso Senhor.

SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 19 DE JUNHO