Papa Nicolau I , também chamado de São Nicolau Magno, foi o papa Nº 105, precedido por Bento III e sucedido por Adriano II.
Nicolau fora amigo e conselheiro de seu antecessor, Bento III e, após sua morte, após servir por 15 anos a cúria romana, seria uma escolha natural.
Assumiu o subdiaconato com a bênção do papa Sérgio II e São Leão IV elevou-o ao diaconato.
Num tempo de vermes, Deus fez surgir um gigante para salvar sua Igreja. Sua moral era inatacável e seu entendimento político ímpar. Seus contemporâneos o consideravam um profeta.
Nicolau é o precursor da ideia teocrática do poder: o papa não seria apenas o sucessor do apóstolo Pedro, mas também o representante máximo na autoridade divina no mundo, cuja autoridade não poderia ser contestada por nenhum outro poder temporal. Por essa ótica, podemos considerar Nicolau I, como o primeiro monarca absolutista.
Contra tudo e contra todos, sustentou a autoridade da Igreja. Com fé e confiança no Espírito Santo, provou que a Igreja precisa muito mais de si do que do poder secular, pois foi ali que Nosso Senhor Jesus Cristo firmou com os homens, pelo Seu sangue, uma nova e eterna Aliança.
As fontes históricas falam de sua devoção, bondade, habilidade e amor ao conhecimento, bem como de sua capacidade em se expressar de forma clara e cativante.
Nascido em Roma, em 815, de família nobre e influente, seu pai era Defensor romano. Foi educado em Latrão e é tido pela Igreja e pela história como um personagem de conduta moralmente irretocável.
É lembrado por ter consolidado o poder e a autoridade papal , tendo reivindicado para o papa o poder supremo para ensinar e governar, subordinando a todos.
Com tal intuito, encontrou opositores que lhe causaram problemas, sendo a primeira delas com o arcebispo de Ravena, que quis tornar-se independente de Roma, mas que por fim se submeteu.
Outro problema proveniente de sua tomada de posição a recusa em anular o casamento de Lotário II do Sacro Império Romano, de modo a este casar-se com a sua amante, Waldrada em 862.
Um sínodo reunido em Metz justificara a separação, mas em 863 Nicolau cassou a decisão do sínodo por atentar contra a doutrina fundamental da indissolubilidade do matrimônio.
Apesar de pressão por parte dos Carolíngios, a sua decisão permaneceu. Durante o seu papado, as relações com o Império Bizantino sofreram alguns revezes devido ao apoio que deu a Inácio, patriarca de Constantinopla, que tinha sido substituído por Fócio .
Inicialmente, enviou seus emissários para convencer Fócio a renunciar e reconduzir Inácio ao patriarcado.
Fócio era um nobre leigo de alto erudição e um tanto quanto prepotente, embora muito eloquente. Levou no bico os emissários papais que resolveram aderir a sua causa. Ele só não convenceu o papa.
Foi quando em 863, no Sínodo de Latrão, em Roma, após os debates e decisão unânime, mais uma vez São Nicolau enfrentou abertamente o imperador bizantino e proclamou Inácio como o legítimo Patriarca de Constantinopla.
Declarou também aí a excomunhão dos emissários que haviam adotado a heresia de Fócio.
Mantendo-se firme em sua posição, resultou daí a única e verdadeira unificação, que seja por um breve período, da cristandade.
Encantado com os postulados cristãos, o Rei Bóris I da Bulgária mandou o príncipe Vladimir a Roma para receber maiores esclarecimentos diretamente do Papa.
O que sucedeu foi um monumento de sabedoria, testemunho da grandiosidade de São Nicolau: ele insuflou tanta fé ao recém convertido Rei Bóris que este tornou-se monge, entrou num convento e mais tarde tornou-se São Mihail (Miguel) da Bulgária.
Até seu último suspiro Nicolau I dedicou-se a manter a pureza e a integridade moral da Igreja .Tudo isso e muito mais num papado relativamente curto, pouco mais de 9 anos, de 24 de abril de 858 a 13 de novembro de 867.
A par de São Leão Magno e de São Gregório Magno, o Papa Nicolau I, recebeu o nome de Magno; e também é venerado como santo com o nome de São Nicolau Magno.
Para que tenhamos uma ideia de sua importância para a Igreja, desde São Nicolau, que viveu no século IX, nenhum outro Papa recebeu o título de Magno.
ORAÇÃO
São Nicolau Magno, que pela providência divina, fostes escolhido para propagar o amor e a paz, rogue a Deus para que a harmonia e a paz permaneçam no aconchego das famílias tão ameaçadas nos dias de hoje, pela escuridão do pecado. Deus de misericórdia, que esposo e esposa, não esqueçam do juramento feito junto a Vossa Santa Presença e que pela intercessão de São Nicolau, a paz e o amor vençam o ódio e a maldade que o mundo oferece. Que seus filhos busquem em Ti a solução para seus problemas conjugais, pois Vós sois o Deus de misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém!
SUA FESTA É COMEMORADA NO DIA 13 DE NOVEMBRO
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