Urbano I foi o 17º papa da história da Igreja Católica.
Nascido em Roma no ano 175, Urbano viveu uma época em que as perseguições aos cristãos eram intensas e rotineiras.
Não havia liberdade religiosa plena e seguidamente os papas eram martirizados pelo Império Romano. Com o falecimento do Papa Calisto I em 222, Urbano foi eleito para ser seu sucessor no mesmo ano.
O papa de Urbano I é, geralmente esquecido ou pouco comentado. De fato sabe-se pouco sobre sua atuação como Sumo Pontífice, mas não há dúvida que tenha vivido momento de relativa estabilidade no Império Romano.
Isto porque o imperador da época era Alexandre Severo, o qual estabeleceu certa tolerância à crença monoteísta professada pelos cristãos romanos.
Embora a religião do Império Romano fosse o paganismo e a perseguição e o massacre ao cristianismo fosse intenso naquela época, Alexandre Severo permitiu certa liberdade de culto e tolerou razoavelmente o convício entre as crenças.
A condição de relativa paz vivida pelos cristãos durante o papado de Urbano I, algo que não era comum naqueles tempos, foi importante para que a Igreja Católica florescesse e cultivasse algumas representações.
Com alguma liberdade para administrar a Igreja, o Papa Urbano I determinou que todos os vasos sagrados fossem feitos de prata e benzeu alguns artefatos deste material para a paróquia de Roma.
Santo Urbano I, natural da Itália, é também um dos grandes Pontífices caluniado e perseguido por tomar a defesa dos direitos da esposa de Cristo.
Durante seus oito anos de fiel guardião da sã doutrina, distinguiu-se pelo zelo apostólico, que culminou na sua morte em decorrência das perseguições perpetradas pelo prefeito de Roma, sob o império de Alexandre Severo.
Foi um santo varão, em justiça e piedade. Com seu exemplo de vida, caráter firme, mas com espírito manso e amável, foi responsável por inúmeras conversões, inclusive, de pessoas de alta classe social, dentre os quais a de Valeriano, esposo de Santa Cecília e de Tibúrcio, seu irmão.
Todos foram batizados e zelosamente animados para que, por amor a Jesus Cristo, dessem a vida, caso fosse necessário.
Naquele tempo, os fiéis doavam muitas possessões e heranças , que auxiliavam no aprimoramento do culto divino, sustento dos ministros da Igreja e dos pobres.
Santo Urbano, ordenou que tal patrimônio não pudesse ser usado, em hipótese alguma, para outros fins, estabelecendo, por decreto, graves penas a quem viesse eventualmente a usurpar as coisas eclesiásticas.
Decretou também que o sacramento da Confirmação fosse ministrado, após o Batismo, pelas mãos de um bispo. Foi o primeiro a implantar o uso de ouro, prata e pedras preciosas para de patenas, cálices e vasos sagrados, destinados ao uso do sacrossanto Sacrifício da Missa.
Fez reconhecer que os homens devem oferecer ao Senhor, tudo aquilo que lhes é mais caro e precioso. Era o início da riqueza que marcaria tão notoriamente a história da Igreja Católica.
Embora o catolicismo já desse sinais de sua preocupação com a riqueza no final do século II, o papa não deixou de pensar nos desvalidos.
Mesmo cultuando os objetos de valor, Urbano I determinou que as esmolas ofertadas à Igreja fossem empregadas exclusivamente em duas frentes, o culto divino e os desvalidos. Ou seja, a Igreja demonstrava já seu perfil dúbio que oscila entre riqueza e pobreza.
Santo Urbano trabalhou, mas também padeceu muito pela Igreja do Senhor. Foi vítima de inúmeras perseguições e acabou sendo preso por ordem do prefeito Almáquio.
Depois de sofrer duros ultrajes e acoites, foi degolado no dia 25 de maio de 230, tendo seu corpo sido lançado para ser consumido por aves e quadrúpedes. Porém, uma santa mulher chamada Maimenia, com sua filha Lucina, recolheram seus restos e o sepultaram no cemitério de Pretextato, na vila Ápia.
ORAÇÃO
Deus Onipotente e Misericordioso, concedei por intermédio de seu servo fidelíssimo São Urbano I, que governou sua Santa Igreja com muita sabedoria e priorizou o culto divino e os desvalidos, que nós possamos de bom grado entender as primícias de vosso reino aqui na terra e assim nunca duvidarmos do seu amor misericordioso. Por Nosso Senhor Jesus Cristo que convosco vive e reina. Amém!
SUA FESTA É CELEBRADA NO DIA 25 DE MAIO
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